Prática de atividade física e dor lombar em gestantes da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2015.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Caputo, Eduardo Lucia
Orientador(a): Silva, Marcelo Cozzensa da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação Física
Departamento: Escola Superior de Educação Física
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6484
Resumo: Introdução: A dor lombar atinge 2/3 das mulheres no período gestacional. Estudos de internvenção utilizando exercício físico demonstram resultados inconsistentes tanto em relação ao tratamento, quanto a prevenção da dor lombar durante a gravidez. Entretanto, faltam estudos em nivel populacional que busquem investigar os efeitos da prática de atividade fisica em desfechos de dor lombar em grávidas. De forma semelhante, não existem dados na literatura no que diz respeito a influência de variáves de trabalho no desenvolvimento da dor lombar nessa população. Objetivo: Verificar a influência da prática de atividade física, prévia e ao longo a gravidez, em desfechos de dor lombar durante a gravidez. Um segundo objetivo foi o de verificar a associação entre atividades laborais e auto relato de dor lombar durante a gravidez. Materiais e métodos: Este estudo utilizou dados provenientes da Coorte de Nascimentos da cidade de Pelotas-RS, do ano de 2015. Dados referentes a características sociodemográficas, gestacionais, de trabalho (horas trabalhadas por dia, dias de trabalho na semana, ficar em pé no trabalho, e carregar coisas pesadas) e comportamentais (prática de atividade física prévia e durante a gravidez) foram coletados ao longo do acompanhamento Perinatal. Dados referentes aos desfechos de dor lombar (auto relato, intensidade da dor, incapacidade, busca por atendimento e dor lombar pós-parto) foram coletados no acompanhamento dos 12 meses. A análise foi realizada através de modelos de regressão linear (desfechos numéricos) e logística (desfechos dicotômicos). Resultados: Prática de atividade física prévia ou durante a gravidez não apresentou associação com auto relato de dor lombar durante a gravidez, intensidade da dor, busca por atendimento e dor lombar no período pós-parto. Entretanto, prática suficiente de atividade física durante a gravidez foi associada com incapacidade relacionada a dor lombar durante a gravidez (OR 0,60 IC95% 0,41 – 0,88). Em relação às atividades laborais, trabalhar mais de oito horas por dia esteve associado ao auto relato de dor lombar na gravidez (OR 1,42 IC95% 1,07 – 1,88). Conclusão: Atingir os níveis recomendáveis de atividade física ao longo da gestação estão associados a uma menor incapacidade relacionada a dor lombar neste período. Dessa forma, mulheres ativas fisicamente apresentam mais facilidade em realizar atividades da vida diária em relação a seus pares não ativos. De forma contrária, trabalhar mais de oito horas pode aumentar a chance de desenvolver dor lombar durante a gestação.