Educação no cárcere: possibilidades e limites para a inclusão/libertação social do apenado: refletindo com o Presídio Regional de Pelotas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Stanieski, Nilda Margarete
Orientador(a): Ghiggi, Gomercindo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7819
Resumo: A presente dissertação consiste na investigação das possibilidades e dos limites da educação para a inclusão/libertação do apenado/apenada no Presídio Regional de Pelotas. Questiono acerca da libertação do ser humano diante das amarras do preconceito e da exclusão social. O que fazer para incluir/libertar os apenados inseridos num modelo, que por natureza, é de exclusão/opressão social? Como dar a estas pessoas e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que aspira a liberdade e a felicidade para todos? A pesquisa traz como referencial teórico, em destaque, Michel Foucault e Paulo Freire. Com Foucault tem-se a certeza da inutilidade da prisão como meio de recuperação do indivíduo.Em contraponto, Freire demonstra a possibilidade de mudanças antecipando um novo tipo de sociedade na qual todos terão oportunidades de serem sujeitos de suas próprias histórias. Para tanto, inicialmente realizei um mini-curso sobre Educação e Cidadania, com doze apenados do PRP. Na sequência fiz um acompanhamento, (através de encontros semanais) pelo período de 4 meses, com três apenados,em gozo do benefício legal do livramento condicional. Nesta etapa busquei a ocorrência (ou não) de mudanças com os apenados e apenadas, como também se houve uma tomada consciência de serem sujeitos de suas histórias. E por fim, concluí que as possibilidades de mudanças propiciadas pela educação aos apenados/apenadas esbarram nos limites da condição social dos mesmos. O segundo achado junto deles foi a possibilidade da educação para inclusão/libertação dos presos/presas encontrar-se fundada na esperança que esta oferece de um mundo melhor para todos.