A liberdade vigiada: histórias de mulheres de apenados na cadeia pública de Araruna-PB (1998-2016).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: VICTOR, Neusa de Almeida.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/654
Resumo: Esta dissertação de mestrado tem por objetivo analisar a memória de mulheres de apenados que vivenciaram o cotidiano da prisão de seus companheiros na Cadeia de Araruna – PB, no período que vai de 1998 a 2016. Assim, situamos esta pesquisa nas águas da História Cultural, sendo pensada através da proposta da História do Tempo Presente. Essas mulheres passaram a fazer parte do mundo prisional com a prisão de seus companheiros. A entrada no espaço prisional, através de visitas, envolve procedimentos vexatórios, que são as revistas íntimas, sendo os corpos expostos à nudez, causando constrangimento. Tais visitas são reguladas pela legislação que estabelece o dia e a hora marcada, limitando o tempo para o amor. Na prisão, além do poder institucional, há outros poderes que circulam, a exemplo do poder paralelo, que é um poder da subcultura prisional e que, em alguns casos, é um poder coercitivo, a mulher passa a ser intermediária do mundo fora dos muros, cumprindo ordens e conduzindo objetos proibidos para o interior do espaço carcerário e, em caso de insubordinação, poderão ocorrer represálias. Teoricamente, dialoguei com Michel Foucault e alguns dos conceitos historicamente construídos, a exemplo de disciplina e vigilância. A história dessas mulheres foi possível através da análise das emoções e de suas intimidades. Para tanto, acessamos suas memórias através das entrevistas possibilitadas pela História Oral.