Eficiência em educação: um estudo sobre as universidades federais brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, Caren Hartwig Milech de
Orientador(a): Cavalheiro, Everton Anger
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Profissional em Administração Pública em Rede Nacional – PROFIAP
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14482
Resumo: As instituições de ensino superior desempenham um papel crucial como pilares do desenvolvimento humano e social, atuando como centros de produção e disseminação do conhecimento. No entanto, enfrentam desafios na gestão eficiente de recursos, avaliação por órgãos de controle e na necessidade de estabelecer planos claros. Em um cenário de recursos escassos, a eficiência na gestão torna-se crucial para maximizar resultados diante de restrições financeiras e de pessoal, visando oferecer ensino superior de qualidade. A análise da eficiência fornece uma gestão transparente e permite que a sociedade acompanhe e avalie as politicas públicas. À vista disso, o objetivo geral deste estudo é analisar o nível de eficiência das universidades federais brasileiras no período de 2013 a 2022. Para atingir os objetivos propostos foi adotada a metodologia da Análise Envoltória de Dados com a finalidade de aferir o nível de eficiência das unidades estudadas. Esta técnica consiste na comparação de entradas e saídas no sistema analisado. Durante a análise de eficiência realizada, alguns testes econométricos foram empregados, incluindo o teste de causalidade de Granger, para estabelecer a relação entre as variáveis de inputs e outputs. Os resultados desses testes indicaram um fluxo causal entre as variáveis consideradas como inputs e outputs, respaldando a Análise Envoltória de Dados (DEA). Foram realizados cálculos de diversas eficiências: padrão, invertida, composta e composta normalizada. Estas análises destacaram a Universidade Federal de Minas Gerais como a instituição mais eficiente entre 2013 e 2022. Entretanto, outras instituições não alcançaram o máximo de eficiência, apresentando uma variedade significativa de resultados. Essa diversidade sugere a necessidade de medidas para melhorar a eficiência dessas instituições. Identificaram-se os fatores que impediram essas instituições de atingir a eficiência máxima, visando orientar os gestores na tomada de decisão para promover sua eficiência. A análise da variação da eficiência composta normalizada durante a pandemia da Covid-19, usando o índice de Malmquist, mostrou impactos variados nas universidades federais brasileiras. Portanto, a hipótese de que os níveis de eficiência relativa das universidades federais do Brasil decresceram durante a pandemia não foi confirmada. Observou-se que universidades mais antigas são, em geral, mais eficientes, possivelmente devido à maior experiência e infraestrutura consolidada, confirmando a hipótese de diferença significativa na eficiência entre universidades jovens e antigas. Também se concluiu que há uma diferença significativa na média de eficiência entre universidades em municípios mais desenvolvidos e menos desenvolvidos, considerando o PIB per capita. Resultados por região indicaram diferenças significativas na eficiência média das universidades entre as diferentes macrorregiões brasileiras.