Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Cunha, Amélia Teresinha Brum da |
Orientador(a): |
Ghiggi, Gomercindo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7611
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Resumo: |
O presente trabalho de pesquisa visa a apresentar uma turma da EJA (Educação de Jovens e Adultos) que, através de uma prática pedagógica desenvolvida pela educadora, encontra espaço para expor suas expectativas educacionais e consegue, quase que absolutamente, tê-las atendidas. A prática pedagógica adotada pela educadora traz um rompimento com a idéia estabelecida e perpetuada entre os educadores de jovens e adultos em reproduzir a escola diurna. O estabelecimento de ações que promovem uma valorização do mundo de vida do educando, seus saberes e suas experiências pessoais faz com que a turma pesquisada sirva como um exemplo para mostrar que é necessária uma mudança nas concepções de educação para a EJA. Como problemática, este trabalho procurou demonstrar a viabilidade de que uma prática pedagógica que contempla as expectativas dos alunos da EJA possa ser considerada prática de sucesso. A origem desta pesquisa remonta à minha infância, quando não entendia por que alguns adultos manifestavam vontade de estudar e um desânimo para procurar a escola. Como origem acadêmica e ou cientifica, a fonte primeira foi minha Especialização em 2004, a qual se refere ao educando adulto. Trata-se de uma investigação qualitativa na medida em que tomou como opção metodológica a observação participante. Partindo de algumas premissas, tais como a de que os educadores que consideram as expectativas dos seus educandos transgridem a estrutura curricular, assim como os que não incluem essas expectativas acabam por reproduzir uma educação bancária, constatei que a escola não oferece caminhos para que os educandos adultos tenham considerados seus conhecimentos pelos seus educadores. Para tanto, o trabalho mostra uma prática pedagógica desenvolvida numa turma da EJA que abrange as quatro (4) etapas, isto é, 1ª, 2ª, 3ª e 4ª série. A utilização de teóricos que pensam a educação de adultos possibilitou inquirir que é viável a adoção de novas formas do fazer educação e, especificamente, a de adultos. Utilizei, inclusive, Leis, Normas, Planos e Diretrizes que tratam dessa modalidade de ensino como subsídio para a compreensão e definição da peculiaridade da Educação de Jovens e Adultos. Os dados coletados mostraram que os adultos que procuram a escola têm perspectivas e expectativas muito próximas da realidade do mundo em que vivem, precisando, por isso, encontrar uma escola que reconheça essa realidade de vida e a utilize como diretriz do processo educacional. Foi possível verificar, também, que o problema presente na EJA não se refere às Leis, mas sim aos projetos político-pedagógicos adotados, aos limites e às possibilidades da ação educativa empreendida pelas escolas e seus educadores. |