Educação física, infância e inclusão: aproximações à prática docente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Nunes, Dione Moreira
Orientador(a): Klein, Madalena
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5177
Resumo: Esta dissertação de Mestrado pretende contribuir para a atual discussão sobre a inclusão no ensino regular de alunos com deficiência e, em especial, tratar da disciplina curricular Educação Física (EF), com enfoque em sua ação pedagógica na infância escolar. A pesquisa teve como objetivo analisar as práticas de ensino dos professores de EF nos primeiros anos escolares do ensino fundamental de uma rede pública municipal, a fim de compreender como esses professores têm desenvolvido práticas inclusivas. De forma mais específica, procurei evidenciar as diferentes possibilidades criadas para trabalhar com alunos em situação de inclusão, com o intuito de verificar como os professores de EF estão percebendo o processo de inclusão e, também, identificar o que estes apontam como facilitadores para a prática com esses alunos. Além disso, busquei apresentar aspectos de uma rede educacional frente ao processo de inclusão, pretendendo gerar reflexões sobre as possibilidades de ações pedagógicas que atendam as necessidades da educação inclusiva. Este estudo constitui-se em uma investigação de caráter qualitativo e, para a coleta de dados, foram utilizadas entrevistas com três professores de EF e também observações de suas ações docentes. O estudo fundamentou-se nas discussões e reflexões que vêm ocorrendo para que a inclusão torne-se efetiva no sistema de ensino regular, a partir de uma proposta que remete a uma diferenciação pedagógica, visando dar conta do atendimento educacional de todos os alunos. Como base teórica, utilizei as políticas nacionais para a educação inclusiva e alguns autores que abordam o processo inclusivo, como David Rodrigues, Hugo Beyer e Rosita Carvalho. A análise de conteúdo dos dados produziu achados que sugerem questões relacionadas à prática pedagógica e ao processo de inclusão. Nesse aspecto, destaquei o trabalho colaborativo entre professores e a bidocência - termo referido para a atuação concomitante de dois professores em uma mesma turma. Esta pesquisa permitiu a entrada nos espaços escolares e, assim, foi possível perceber que essas escolas vêm organizando-se diante das situações de inclusão que estão enfrentando. Elas possuem salas de recursos e seus espaços estão sendo adaptados. Ainda há necessidade de maior acessibilidade e a organização pedagógica apresenta fragilidades que precisam ser repensadas. Diante dos questionamentos realizados durante as entrevistas, os professores não demonstraram opiniões contrárias à inclusão, todavia expuseram suas preocupações a respeito. Eles entendem que a EF pode ser um facilitador nesse processo e destacam diversos aspectos, como a formação profissional, o número de alunos nas turmas, apoio para atingir os objetivos da prática docente, entre outros abordados ao longo das discussões dessa dissertação. Em relação à organização da prática docente para as aulas de EF, não há uma organização específica: os alunos participam conforme a proposta de trabalho para a turma e as atividades não são pensadas de forma adaptada ou individual, ocorrendo variações conforme as especificidades do aluno em situação de inclusão. Assim, busquei enfatizar a responsabilidade da EF escolar no desenvolvimento do aluno, como espaço atuante na formação de cidadãos conscientes, com destaque para a ação do profissional dessa área nos primeiros anos escolares do ensino fundamental.