Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Goulart, Diego Domingos |
Orientador(a): |
Miranda, Ana Ruth Moresco |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14436
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Resumo: |
A presente pesquisa descreve, analisa e compara, em três variedades do português – brasileiro, europeu e moçambicano – a produção escrita de onset complexo (também denominado ataque ramificado ou encontro consonantal), estrutura para a qual, de acordo com BISOL (1999), a língua licencia consoantes para compô-la – a primeira consoante é preenchida por uma fricativa labiodental ou uma oclusiva, e a segunda somente por soantes líquidas alveolares, como /bl/ e /pɾ/ das palavras ‘blusa’ e ‘sempre’, por exemplo. A partir de dados pertencentes ao BATALE (Banco de Textos de Aquisição da Linguagem Escrita), foram estudadas as grafias de sílabas CCV encontradas em textos produzidos por crianças brasileiras, portuguesas e moçambicanas, considerando-se as seguintes variáveis: erro e acerto, ano escolar, tipo de onset complexo e estratégia utilizada. O índice de erros foi de 15% para os dados das crianças brasileiras; 09% para as portuguesas e 10% para as moçambicanas. A variável série mostrou-se importante para a redução dos erros nas três variedades estudadas, reforçando os achados de Morais; Albuquerque; Leal (2005), Abaurre (2011), Miranda (2009; 2019) e Pachalski (2020), dentre outros autores. As principais estratégias utilizadas pelas crianças, nas três variedades do português, são: omissão de C₂, metátese e epêntese. Foram ainda observados dados em que a sílaba se tornou complexa por efeito de metátese ou de epêntese em palavras nas quais não havia estrutura CCV. Tanto as estratégias quanto os erros por tipo de onset complexo apresentaram resultados semelhantes para todos os grupos. Os erros encontrados em dados de escrita, em sua maioria, derivam de aspectos fonológicos, e, em sua minoria, têm motivação ortográfica; o primeiro aspecto é basilar à investigação do GEALE, cujos estudos buscam revelar as hipóteses infantis, por meio de pistas encontradas na aquisição da escrita alfabética, possibilitando a compreensão de que os processos da escrita são evolutivos e as crianças, quando enfrentam algum obstáculo da escrita, apresentam erros que têm ancoragem no conhecimento fonológico disponível a elas. |