Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Schimulfening, Peterson Lima |
Orientador(a): |
Brum-de-Paula, Mírian Rose |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Centro de Letras e Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4266
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Resumo: |
Neste estudo, analisamos o uso da estrutura em+a/o(s) em produções escritas de surdos aprendizes de português como língua estrangeira. A análise parte de concei-tos da Linguística Cognitiva, especialmente da teoria dos esquemas imagéticos (JOHNSON, 1987; LAKOFF, 1987) e dos trabalhos sobre categorização, desenvol-vidos por Rosch (1975; 1978). Objetivamos verificar (i) o modo como o surdo em-prega a estrutura em+a/o(s) quando utiliza a língua portuguesa escrita, (ii) como ocorre a categorização dessa estrutura na língua portuguesa escrita de nativos ou-vintes desse idioma e de surdos, nativos de LIBRAS, que adquiriram a LP escrita como língua estrangeira e (iii) se há transferência da LIBRAS para a LP escrita dos informantes surdos. Os contextos nos quais a estrutura em+a/o(s) foi analisada par-tem do esquema imagético de CONTÊINER e foram divididos em dois conjuntos: inserção – total e parcial – e superfície – horizontal e vertical-horizontal. O corpus contém produções escritas de dois grupos de sujeitos, todos brasileiros nativos com nível escolar de graduação ou graduandos. O primeiro grupo foi constituído de dez (10) surdos que possuem a língua de sinais (LIBRAS) como língua materna (L1) e o segundo grupo foi formado de dez (10) ouvintes cuja língua materna é o PB. Os resultados revelam que para o surdo, usuário da Língua de Sinais, a construção de enunciados com a estrutura em+a/o(s) se faz de forma diferente. Isso ocorre porque a construção do enunciado na Língua de Sinais evidencia não ser necessária a utili-zação de certos elementos gramaticais que possuem, à primeira vista, um menor valor semântico, como por exemplo, os artigos e as preposições. Assim, a LIBRAS encontra outros meios para expressar o que esses elementos linguísticos denotam. Além disso, a construção do espaço locus, por parte do usuário da Língua de Sinais é muito importante, uma vez que, é a partir dele que o surdo consegue dar conta das mais diversas situações. |