Delírios do verbo pegar: transformações de esquemas em corporas de língua falada e escrita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Secundino, Tatiana Goulart de Macedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6214
Resumo: A pesquisa analisa as construções com o verbo pegar e observa os sentidos que lhes são atribuídos de acordo com a situação comunicacional. O intuito foi identificar aqueles que são mais recorrentes, se há motivação entre eles e se formam categoria radial. À luz de estudos anteriores, o verbo pegar tem caráter multissignificativo que ultrapassa o sentido prototípico (= segurar) e vai além dos sentidos já dicionarizados. Sua descrição a partir de modelos de uso assume um papel crucial, pois pode propiciar a dimensão real da multissignificação já apontada por outros autores como SIGILIANO (2006, 2008). Para tal, o estudo debruça-se sobre os corpora do Corpus D & G (Discurso e Gramática) da cidade do Rio de Janeiro gerado na da década de 90, tanto na modalidade escrita quanto na modalidade oral, para observar qual é a forma mais utilizada do verbo pegar, possíveis alterações ou regularidades, usando o software AntConc. Além da multissignificação do pegar, o estudo também examina a construção pegar + (e) + v2 que é muito recorrente na língua oral e que, no entanto, aparece no registro escrito dos corpora D & G (Discurso e Gramática), disponíveis online pelo site http://www.discursoegramatica.letras.ufrj.br/. As ocorrências são interpretadas à luz de princípios da Linguística Cognitiva tais como: categoria radial (LAKOFF, 1987), esquemas imagéticos (JOHNSON, 1987; LAKOFF, 1987, 1990, LAKOFF & TURNER, 1989) e suas transformações (JOHNSON 1987, LAKOFF 1987, GIBBS & COLSTON, 1995, TURNER,1996) e metáfora conceptual (LAKOFF & JONHSON, 1980), o que torna o estudo quanti-qualitativo. A análise indica que a relação entre os usos é motivada pelo esquema imagético MOVIMENTO, que ocupa o centro prototípico da categoria e se transforma em TRAJETÓRIA e CONTATO em todos os casos, dentre outros aspectos. Esses esquemas possibilitam a montagem da categoria radial para explicar os delírios do verbo pegar