Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Santos, Ezequiel Nascimento |
Orientador(a): |
Chaves, Larissa Patron |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7331
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Resumo: |
Em julho de 1923 é criado na cidade de Campinas, São Paulo, o semanário Getulino com o título “Orgam para a defesa dos homens pretos”. Este semanário, produzido e distribuído naquela região entre os anos de 1923 e 1926, se orgulhava de ser “realizado somente por homens pretos” tendo como argumento a defesa da população negra local e nacional, através da divulgação de diferentes artigos, contos, fotografias e personalidades. Esta dissertação objetiva investigar a atuação social e política do periódico Getulino na cidade de Campinas, nas primeiras décadas do século XX, no contexto da “Ideologia do Branqueamento”. É possível identificar que o Getulino produziu inúmeros artigos que referem a diferentes temas, que vão desde as noções de pertencimento e identidade dos negros no Brasil à referência ao Abolicionismo e efemérides. Durante todo o período de sua existência, questões de boa representação e visibilidade do negro naquela sociedade foram produzidos. Desta forma, o conceito de representação é fundamental pois torna visível determinados interesses dos grupos que as forjam HALL (2016). Outras representações sobre o abolicionismo também estão presentes no semanário, como artigos centrais ou como textos secundários. A imagem como linguagem se faz presente nas estratégias de manutenção e, ou busca por pertencimento local. Para o jornal, a presença negra é um tema a ser trabalhado e logrado pelo exercício e esforço de todos. Para a análise metodológica desta pesquisa é referência o trabalho de Tania Regina de Luca (2005) e de Ana Flavia Pinto (2006), como ferramentas de análise da imprensa como fonte. Partindo da referência de Schwartz (2013) e Domingues (2004), a análise das páginas do jornal centram-se na contraposição de caracterizações expostas do negro naquela sociedade, ora como sujeitos de boa moral, honestos, brasileiros e protagonistas na sociedade, ora como devassos, criminosos, subalternos, malandros e sem pátria. Em última análise a pesquisa mostrou que o periódico fora importante para a comunidade negra da região, rechaçada e as margens de um processo de inserção, tanto no que refere a questões de visibilidade social quanto a questões políticas. |