Câncer de colo do útero: qualidade de vida e resiliência em mulheres tratadas no Hospital Geral de Palmas - TO
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - PPGCS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/4290 |
Resumo: | O câncer de colo do útero (CCU) constitui grave problema de saúde pública mundial, com 85% da mortalidade concentrados nos países em desenvolvimento. A doença se manifesta principalmente a partir dos 20 anos, e o risco aumenta com a idade, atingindo seu pico entre 50 e 60 anos. Apresenta maior potencial de prevenção e cura, quando descoberto precocemente. No Brasil, a região Norte é a única em que as taxas dos cânceres de mama e de colo do útero se equivalem, entre as mulheres. Quase nove de cada dez óbitos por CCU ocorrem em regiões menos desenvolvidas. Após diagnóstico e submissão a diferentes tipos de tratamentos, os quais podem evidenciar efeitos adversos, a qualidade de vida e os perfis sociodemográfico, laboral, clínico e psicossocial das mulheres podem revelar significativas mudanças. A pesquisa teve como objetivo avaliar a Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) e resiliência (RL) em mulheres com CCU tratadas no Serviço de Oncologia do Hospital Geral de Palmas (HGP), bem como associar tais variáveis com estadiamento do câncer e tipo de tratamento. Tratou-se de estudo quantitativo, analítico-descritivo e transversal, realizado na rede pública de saúde do município de Palmas - Tocantins. Participaram do estudo 37 mulheres com CCU, diagnosticadas por exame histopatológico no ano de 2020, tratadas e acompanhadas no HGP. A coleta de dados se deu por contato telefônico. Utilizaram-se os seguintes instrumentos: Escala de Qualidade de Vida - Câncer Cervical (FACT-Cx), Escala de Resiliência (ER) e Questionário Sociocultural e Condições de Saúde. A tabulação e a análise estatística dos dados foram feitas com a utilização do programa Statistical Package for the Social Sciences. A análise descritiva compreendeu cálculos de frequências para variáveis de natureza categórica e das medidas de tendência central e de variabilidade para as variáveis quantitativas. Foram estimadas correlações (Spearman) entre variáveis quantitativas e associações entre variáveis categóricas (Teste Exato de Fisher) com nível de significância de 5% para os testes estatísticos. Dentre as 37 mulheres participantes do estudo, a média de idade foi de 47,7 anos; 62,2% (n=23) eram casadas; 54,1% (n=20) tinham o Ensino Fundamental completo; 81,19% (n=30) eram pardas; 83,8% (n=31) tinham Carcinoma Epidermoide; 43,2% (n=16) tinham estadiamento III e 59,5% (n=22) realizaram o tratamento com quimioterapia, radioterapia e braquiterapia. Verificou-se que a QVRS foi satisfatória em 56,8% (n=21) das mulheres com CCU tratadas no HGP e a RL apresentou maior grau para 51,4% (n=19) delas. As correlações entre escore geral de QVRS, seus domínios e RL foram significativas, altas e positivas. O Teste Exato de Fisher indicou associações significativas das categorias da QVRS e da RL com o estadiamento do câncer e com o tratamento recebido. Concluiu-se que a maioria das mulheres com CCU exibiu QVRS satisfatória e alto grau de RL. As correlações fortes e positivas demonstraram que aquelas com maior grau de RL também são as que tiveram melhor QVRS. O estadiamento mais avançado e o tratamento com quimioterapia concomitante à radioterapia, seguido de braquiterapia, associaram-se com QVRS não satisfatória e menor grau de RL. |