Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Bellé, Cristiano |
Orientador(a): |
Gomes, Cesar Bauer |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/13187
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Resumo: |
Entre os problemas que afetam a cultura da cana-de-açúcar, os fitonematoides podem resultar em sérios prejuízos. Nesse sentido, o presente estudo foi dividido em três capítulos. No primeiro, populações de Meloidogyne spp. advindas de coletas em regiões canavieiras do Rio Grande do Sul, foram caracterizadas bioquímica e fisiologicamente através da enzima esterase (Est) sendo parte delas, avaliadas quanto as raças fisiológicas. A seguir, 35 populações de Meloidogyne spp. provenientes deste estudo e do trabalho de Bellé (2014), foram caracterizadas molecularmente por marcadores do tipo SCAR e RAPD. No segundo capítulo, avaliou-se a agressividade de diferentes populações de M. javanica e M. incognita em diferentes genótipos de cana-de-açúcar. E, no terceiro, avaliou-se, em casa de vegetação, a reação de 25 genótipos de cana-de-açúcar a M. incognita e M. javanica além dos efeitos dessas espécies sobre o desenvolvimento das plantas inoculadas; e, o comportamento de plantas parasitadas por M. incognita, M. javanica e M. arenaria quanto à reprodução, desenvolvimento vegetativo, produção de colmos, açúcares e componentes da parede celular da parte aérea. Por fim, estudou-se a patogenicidade de espécies de Meloidogyne de menor frequência em cana-de-açúcar. Verificou-se a presença de Meloidogyne spp. em 92,6% das amostras coletadas, sendo M. incognita Est I2, a espécie mais frequente (51,3%). Entre as populações de M. incognita caracterizadas fisiologicamente, identificou-se as raças 1, 2, 3 e 4, todavia, não foi possível correlacioná-las com os respectivos fenótipos de esterase. Através dos marcadores SCAR foi possível a diferenciação da maioria das espécies de Meloidogyne estudadas, através da amplificação de fragmentos espécie-específicos para populações de M. javanica (670 pb), M. incognita (399 pb), M. arenaria (420 pb), M. morocciensis (420 pb), M. ethiopica (350 pb) e M. enterolobii (520 pb). Pela análise RAPD, 234 e 394 fragmentos reprodutíveis foram amplificados, cuja percentagem de bandas polimórficas amplificadas variou de 21,0 a 31,5%, respectivamente. Pela análise filogenética, quatro grupos se formaram: no 1o, agruparam-se 16 populações de M javanica; no 2 o, M. arenaria e M. morocciensis; no 3o, M. incognita e Meloidogyne sp. Est. SC1; e, M. ethiopica, M. luci e M. enterolobii se agruparam separadamente. Avaliando-se a agressividade das populações de Meloidogyne spp., verificou-se, interação significativa entre genótipos de cana-de-açúcar e populações dos nematoides para as variáveis relacionadas a reprodução e danos causados nas raízes, assim como também em relação aos parâmetros de crescimento das plantas, digestibilidade de fibras, açúcares e componentes da parede celular. Em relação à reação da cana-de-açúcar a M. javanica e M. incognita, todos os genótipos foram suscetíveis (diferentes graus), havendo interferência dessas espécies sobre o desenvolvimento das plantas. Nos testes de patogenicidade, M. luci, M. enterolobii, M. morocciensis, M. hapla, M. arenaria e M. ethiopica reproduziram-se (10,2>FR<50,5) em cana-de-açúcar, e afetaram negativamente o desenvolvimento vegetativo da cultura. |