Fenologia e qualidade das Vitis vinifera L. ‘Merlot’, ‘Cabernet Sauvignon’ e ‘Tannat’ submetidas a diferentes épocas de poda.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Maciel, Stefania Mendes
Orientador(a): Malgarim, Marcelo Barbosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/3258
Resumo: A Região da Campanha Gaúcha vêm se destacando na produção de uvas Vitis vinifera L. para a elaboração de vinhos finos. Estendendo-se ao longo da fronteira com o Uruguai, tem como principais referências os municípios de Candiota, Bagé, Dom Pedrito e Santana do Livramento. Entre as atividades de grande importância no manejo cultural da vitivinicultura podemos destacar a poda seca. Normalmente realizada no período de repouso que abrange os meses de julho a setembro, a poda seca exige uma grande demanda de mão de obra. Portanto é necessário coletar todas as informações possíveis sobre o ciclo fenológico da cultura facilitando o manejo e escalonando a mão de obra disponível. O trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento fenológico e a qualidade pós colheita das cultivares Merlot, Cabernet Sauvignon e Tannat sobre diferentes épocas de poda seca. O experimento foi conduzido em um vinhedo comercial localizado no município de Candiota, Rio Grande do Sul na safra 2015/2016. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado constando de quatro tratamentos e três repetições, onde os tratamentos foram as diferentes épocas de poda seca realizadas em maio, junho, julho e agosto, compondo os tratamentos 1, 2, 3 e 4 respectivamente. As avaliações fenológicas observadas ao longo do ciclo da cultura foram: brotação, floração, frutificação e início da maturação. Após a colheita as variáveis avaliadas no mosto foram os sólidos solúveis totais, açúcares, acidez titulável, pH e densidade. Para o cálculo de produção foram avaliados o número total de cachos por tratamento, número de cachos por planta, massa total dos cachos por tratamento e massa média dos cachos por planta. Os dados foram submetidos à análise de variância (Anova) e comparação de médias pelo teste de Tukey a 5%. A videira „Tannat‟ podada em agosto teve um comportamento fenológico mais tardio em relação aos demais tratamentos. Após a brotação, as plantas podadas em junho desenvolveram-se mais rápidas que as demais. As diferentes épocas de poda seca não interferiram na produção. Quando a poda seca for realizada no mês de agosto a colheita da „Tannat‟ pode ser mais tardia. Para „Cabernet Sauvignon‟ a poda antecipada do mês de maio permanece mais tempo em dormência, brotando ao mesmo tempo que as plantas podadas em julho. A poda realizada em junho antecipa a brotação podendo provocar prejuízos ocasionados pelas geadas primaveris. A poda realizada no mês de agosto obteve maior rendimento por planta quando comparada a época tradicional no mês de julho. A poda seca em diferentes épocas não influenciou nas características analíticas do mosto. Na videira „Merlot‟, a poda seca realizada no mês de junho antecipou a brotação e quando realizada no mês de agosto obteve número total e massa total de cachos superior à realizada no mês de junho. As diferentes épocas de poda seca não diferenciaram os resultados das variáveis físico-químicas da „Merlot‟.