Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Marcelo França de |
Orientador(a): |
Lopes, Aristeu Elisandro Machado |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/13680
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Resumo: |
Esta tese de doutorado tem como objetivo apresentar uma história da Revolução Federalista, através do embate discursivo dos jornais Rio Grande do Sul (alinhado ao Partido Republicano Rio-grandense) e Eco do Sul (alinhado ao Partido Federalista), ambos diários da cidade do Rio Grande (RS), entre o período de 1º de junho de 1891 (surgimento do jornal Rio Grande do Sul) e setembro de 1895 (reaparecimento do jornal Eco do Sul), utilizando como marcos teórico-metodológicos as premissas da história política, da história da imprensa, com contribuições conceituais da análise de conteúdo e do discurso. Nesse sentido, visa entender, analisar e explicar os jornais enquanto fonte e objeto, e identificar, pelas suas páginas, as narrativas, as discussões, as opiniões, as tomadas de posição, os embates, as críticas, as ironias, as réplicas e tréplicas que ambas as folhas publicavam em suas edições diárias, levando em conta o contexto histórico, o cenário político-partidário e sua incipiente polarização (seguidores de Júlio de Castilhos e membros do Partido Republicano Rio-grandense – PRR – de um lado, e sua oposição, composta de dissidentes do PRR, ex-liberais, ex-conservadores e monarquistas, do outro) a legislação de imprensa, a censura oriunda dela e os impactos que sofreram os jornais, os personagens envolvidos (proprietários, redatores e principais colaboradores) e suas complexas relações com o poder e com os adversários, além de verificar o que cada um apresentou em relação ao período. Em paralelo, investigar a permanência de um monarquismo resistente, e como esse era tratado nos diferentes jornais; as construções identitárias envolvidas, em construção e em disputa (em especial a “herança” da Revolução Farroupilha, de 1835, memória reivindicada tanto pelo Rio Grande do Sul quanto pelo Eco do Sul) e como a fronteira era vista, descrita e apresentada, ora enaltecida, ora criticada, de forma revezada pelos jornais. A Revolução Federalista é aqui entendida como um processo ampliado, e por isso defendida como iniciada a partir da Revolução de 8 de Novembro de 1891, um movimento surgido na cidade do Rio Grande que uniu imprensa, sociedade civil, Marinha e Exército desse município em um levante (que seria replicado em outros municípios, especialmente os da fronteira do Rio Grande do Sul) contra o golpe de Deodoro da Fonseca e que teria como um dos reflexos a queda de Júlio de Castilhos do governo estadual, dando início ao processo que abrange, mas não se restringe, a guerra em seu recorte tradicional (entre os anos de 1893 e 1895). |