Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Martins, Mariana Link |
Orientador(a): |
Fonseca, Claudia Lorena Vouto da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14416
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Resumo: |
Esta dissertação investiga a participação de mulheres intelectuais nas revistas culturais Versus (1975-1979) e Almanaque – Cadernos de Literatura e Ensaio (1976-1982), que circularam no final dos anos setenta no Brasil, como parte da imprensa alternativa, fenômeno jornalístico e político de resistência à ditadura militar (1964-1982). Tendo em vista que, por muito tempo, as mulheres foram impedidas de compor o discurso intelectual, bem como tiveram sua História negada e negligenciada, o objetivo desta pesquisa é resgatar as memórias das mulheres que atuaram no movimento intelectual de oposição ao regime militar. Além disso, objetiva-se refletir sobre a presença ou ausência de figuras femininas nesses espaços forjados historicamente como masculinos por excelência e, também, o modo como os periódicos estudados comportavam-se em relação aos assuntos especificamente feminino e feministas. Para tanto, a partir de uma análise comparativa, a investigação tem como princípio as perspectivas fornecidas pelas teorias feministas, sobretudo das autoras Gerda Lerner (2019; 2022), Heleieth Saffioti (1987; 2015) e Rita Segato (2021), e utiliza a metodologia de Regina Crespo (2011) para o estudo de revistas culturais e literárias latino-americanas, a qual consiste em um exame interdisciplinar, fundamentado na articulação entre as publicações, os grupos intelectuais e a conjuntura histórica e sociocultural. Versus e Almanaque, consideras como baluartes culturais, no sentido de que interseccionam orientações culturais, literárias e políticas (CRESPO, 2011), apresentam diferenças significativas, em especial na configuração de suas redações, e por isso possibilitam reconstruir a conjuntura intelectual do período e pensar o papel das mulheres em distintas formas de construção editorial. A pesquisa evidenciou que, embora a presença feminina em ambas as revistas seja baixa quando comparada à masculina, muitas mulheres dedicaram seu trabalho intelectual à Versus e à Almanaque, contribuindo, portanto, com suas históricas trajetórias. |