Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Legg, Ana Paula Roesler |
Orientador(a): |
Vetromille-Castro, Rafael |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Centro de Letras e Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4809
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Resumo: |
Institucionalizada em 2007, a internacionalização das universidades brasileiras promete grandes avanços para a educação superior no país. Na busca por excelência e por uma fatia no mercado do conhecimento, muitas universidades estão engajadas em estabelecer parcerias internacionais; promover mobilidade acadêmica e fomentar o desenvolvimento de pesquisas de qualidade internacional. No entanto, essas instituições enfrentam diferentes desafios para a implementação do processo, incluindo questões organizacionais e funcionais (MOROSINI, 2014). Os parâmetros estabelecidos por órgãos internacionais como a UNESCO, OCDE, FMI e o Banco Mundial, que tendem a impor seus critérios de qualidade ao processo brasileiro, representam um deles, segundo a autora. Além disso, a internacionalização do ensino superior, a exemplo do cenário econômico mundial, pode estar contribuindo com a disseminação de iniquidades entre as universidades do Norte e do Sul em consequência das tendências dominantes das universidades europeias e americanas, segundo Altbach (2013). Ao considerarmos a posição hegemônica da língua inglesa no paradigma científico (ALTBACH, 2002), a linguagem se mostra central para o processo de internacionalização, atravessando todas as suas esferas e mediando estas relações de poder - que lhes são inerentes (BOURDIEU, 1989). Não obstante, a partir do desenvolvimento da Competência Simbólica - CS (KRAMSCH, 2006a), a comunidade acadêmica pode operar e ressignificar estas realidades através da linguagem. Isto porque, para além de sua proposta comunicativa, o uso simbólico da linguagem (KRAMSCH, 2006b) contribuiria para desenvolvimento de uma educação democrática (ARONOWITZ; GIROUX, 1991, p. 84), e ofereceria maior equilíbrio no processo vivido pelas universidades brasileiras. Este estudo examinou se, e em que grau, as práticas pedagógicas (CALDEIRA; SAIDAN, 2013) do programa Idiomas sem Fronteiras da Universidade Federal de Pelotas promovem o desenvolvimento da Competência Simbólica, a partir da identificação dos três componentes da CS - a saber, produção de complexidade, tolerância à ambiguidade e forma como significado (KRAMSCH, 2006a). Os dados foram coletados a partir da observação de duas aulas ministradas em cursos distintos, dos materiais didáticos utilizados nestas aulas e de entrevistas semiestruturadas com os professores ministrantes, analisados por triangulação, à luz de uma perspectiva ecológica de ensino e aprendizagem de línguas. Assim, buscamos compreender se as relações estabelecidas entre ambiente, agentes e affordances (VAN LIER, 2002) contribuem para a emergência da CS. Os resultados sugerem que o desenvolvimento da Competência Simbólica não é observado em alto grau a partir das práticas pedagógicas do programa, embora haja potencial para seu desenvolvimento |