Interações discursivas sobre perfis, mudanças e evoluções conceituais no ensino de ciências.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Maman, Daniela de
Orientador(a): Nörnberg, Marta
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7744
Resumo: Esta tese apresenta as concepções (perfil conceitual) que acadêmicos em curso de formação docente possuem em relação a saberes da área de ensino de ciências, analisando se sofrem alteração (mudança conceitual ou mudança e evolução conceitual) ao longo do processo de ensino do qual participam na disciplina de Fundamentos Teóricos e Metodológicos das Ciências Naturais. A pesquisa sustenta-se em seis conceitos centrais: a ideia de paradigma revolucionário (KUHN,2013); a noção de perfil conceitual (MORTIMER, 2000); a mudança e evolução conceitual (POSNER et al, 1982,1992); a aprendizagem significativa (AUSUBEL, 1982); o diário do professor como instrumento de escrita autorreflexiva (PORLÁN, MARTÍN, 1997); e as significações dos discursos narrativos (ORLANDI, 2005). O material empírico é constituído pelos diários das concepções pedagógicas, elaborados pelos acadêmicos, e pelo Diário de Bordo da professora-pesquisadora. Com base nas orientações da análise textual discursiva (MORAES, GALIAZZI, 2011) e das classificações dos diários (ZABALZA, 2004), procedeu-se a análise das narrativas produzidas. Os resultados do estudo indicam que as concepções de um perfil em movimento conceitual tornam-se mais complexas na medida em que, frente a situações de ensino e aprendizagem são ampliadas e restruturadas. Nesse processo, a linguagem escrita e a reflexividade destacam-se como elementos fundamentais para a construção do conhecimento e a tomada de consciência. Defendo a ideia da coexistência de concepções na produção do discurso narrativo, em termos conceituais mais amplos, mantendo-se argumentações próprias do perfil inicial.