Exportação concluída — 

Uma prática docente antirracista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Martins, Adriana Mello Almeida
Orientador(a): Debacco, Maria Simone
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9557
Resumo: O presente estudo, intitulado Uma prática docente antirracista, tem como objetivo problematizar a incidência de práticas docentes antirracistas no ambiente escolar. A questão que orientou esta pesquisa foi: Qual a incidência das práticas pedagógicas antirracistas no cenário escolar? De modo geral, professores e professoras não tiveram, em sua formação inicial, disciplinas que tratassem de forma integral a história e a cultura afro-brasileiras. Contudo, também desconhecem a lei 10.639/03, que embasa tal conteúdo, e não sabem como incluir a temática antirracista em seu planejamento. Professores e gestores costumam abordar a discussão do tema racismo, preconceito e discriminação racial, somente nos meses de maio, através das datas comemorativas da Abolição da Escravatura e, em novembro, em homenagem à Consciência Negra. O contexto de investigação se concentrou em duas escolas municipais da cidade de Bagé (RS), a Escola Municipal de Ensino Fundamental João Thiago do Patrocínio e a Escola Cívico Militar Dr. Antenor Gonçalves Pereira - Geteco, onde foram entrevistados quatro professores, que ministram a disciplina de Ciências. Do ponto de vista metodológico, foi utilizada uma abordagem qualitativa; como método de intervenção, a pesquisa ação; e como análise dos dados coletados, a Análise Discursiva Textual (ATD). Nesta pesquisa, foram utilizadas algumas referências teóricas como: Pahin (2015), Gomes (2018), Freire (1995), hooks (2005), Ribeiro (2019), Evaristo (2015), Munanga (2020), Honeth (1997), Almeida (2019), Kilomba (2019), e outros que serviram para pensar, fundamentar e inspirar a dissertação em questão. O conjunto dos dados analisados possibilitou identificar que as práticas pedagógicas antirracistas não são realizadas pelos professores entrevistados que parecem aceitar com naturalidade o silenciamento sobre o racismo. Eles argumentam que se sentem despreparados para incluir discussões sobre o Antirracismo em suas práticas cotidianamente. Os resultados permitem concluir que a Formação de Professores Antirracistas é fundamental, como tentativa de minimizar as desigualdades étnicos raciais, o racismo, o preconceito e as disparidades raciais presentes na estrutura social.