Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Perin, Lais |
Orientador(a): |
Peil, Roberta Marins Nogueira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar
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Departamento: |
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7555
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Resumo: |
A enxertia em hortaliças tem crescido consideravelmente e tem sido uma alternativa de manejo para superação de condições adversas de cultivo no solo, indo além de apenas conferir resistência a patógenos de solo, pois também é utilizada para superação de estresses abióticos. Neste sentido, a enxertia pode ser uma aliada no cultivo sem solo, pois, segundo experiências de produtores, a técnica, além de assegurar maior vigor, pode conferir as plantas enxertadas maior capacidade de absorção de água e de nutrientes minerais, e aumentar a longevidade das plantas. Consequentemente, as plantas enxertadas podem ser conduzidas com duas hastes mantendo os mesmos ou melhores resultados produtivos que plantas não enxertadas de haste única por unidade de área. Esta tese busca sanar alguns questionamentos sobre o comportamento de plantas enxertadas de tomateiro em sistemas de cultivo sem solo, visto que, os estudos são praticamente inexistentes, não havendo evidências científicas suficientes que comprovem sua superioridade produtiva. Além disso não foram encontrados trabalhos que avaliem aspectos fisiológicos das plantas enxertadas frente a plantas não enxertadas. Dessa forma, este trabalho tem por objetivo aferir o efeito da enxertia e do número de hastes sobre o crescimento, aspectos fisiológicos, e absorção de nutrientes minerais de plantas de tomateiro, assim como avaliar a produtividade e a qualidade dos frutos em sistemas de cultivo sem solo sob condições adequadas de temperatura e luminosidade e sob restrição. Os trabalhos foram conduzidos em sistema de cultivo em substrato de casca de arroz in natura, carbonizada e aeroponia. As variáveis analisadas foram quanto ao crescimento das plantas (número de folhas, índice de área foliar, comprimento do caule, massa seca de parte aérea, massa seca de raiz e massa seca total), quanto aos aspectos fisiológicos (taxa fotossintética, condutância estomática, transpiração, concentração intercelular de CO2, e absorção de nutrientes), e quanto a produção (número, massa média de frutos, produção, produtividade, concentração de sólidos solúveis e dimensões dos frutos). De maneira geral, as plantas enxertadas apresentam maior crescimento vegetativo e radicular do que as plantas não enxertadas, independentemente da cultivar empregada e da safra de cultivo. A enxertia pode apresentar resultados produtivos positivos, indiferentes e negativos em função das cultivares utilizadas e da interação entre enxerto e porta-enxerto, do manejo empregado, da época do ano e duração dos ciclos de cultivo, sendo que na maioria dos experimentos, as plantas enxertadas apresentaram maior produção e massa média de frutos frente às plantas não enxertadas. A qualidade dos frutos, expressa em ºBrix não foi afetada pela enxertia. Plantas conduzidas em haste única são mais produtivas. O fator enxertia não afetou as variáveis fisiológicas. Enquanto a forma de condução em haste única apresentou maior condutância estomática do que as conduzidas com duas hastes. Assim como estas plantas também apresentam 7 maior crescimento vegetativo e produção de frutos, além de absorverem mais nutrientes que as plantas conduzidas com duas hastes que apenas se destacam por apresentar sistema radicular mais desenvolvido. |