O imaginário e os “meios-caminhos” na educação de professores leitores: o lido e o contado formando formadores.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Bandeira, Ana da Rosa
Orientador(a): Peres, Lúcia Maria Vaz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7612
Resumo: Este trabalho está ancorado nas bases metodológicas da pesquisa qualitativa, mesclando abordagens do tipo de estudo de caso com histórias de vida, fundamentada nos estudos do imaginário. Tem, como objetivo principal, responder à pergunta: “É possível relacionar as referências de infância de professores em formação acerca de suas experiências com os livros, buscando pontos de contato em seu saber fazer pedagógico?” Com isso, a centralidade da busca no campo empírico volta-se ao resgate das referências infantis de dez professoras (nove mulheres e um homem) que realizam sua formação no Programa Especial de Formação de Professores em Serviço, da Faculdade de Educação da UFPel, lotado na cidade de Canguçu, RS, BR. O trabalho empírico ocorreu entre os meses de maio e novembro de 2006. Sendo assim, o foco direcionou-se a essas referências infantis em relação às vivências dessas educadoras com os livros, cuja apreensão dos dados ocorreu, fundamentalmente, através de narrativas, tanto nos que se refere às interações com os livros, quanto aos possíveis pontos de contato de tais influências na atividade pedagógica dessas professoras. Para tanto, organizei uma oficina sob o título “Era uma vez – Histórias e imagens no fazer-se professor”. E a pesquisa utilizou os seguintes instrumentos: diário de campo, coleta de narrativas orais e escritas, bem como a elaboração de um livro pessoal que funcionou como projeto de si auto-orientado. Através de tais instrumentos foi possível resgatar as referências das formadoras em formação a partir de dois pares de núcleos de sentido, os quais estabeleceram os pontos de contato dos repertórios pessoais com o saber-fazer pedagógico. São eles o lido e o contado (que emergiram do campo empírico, fundamentados nos livros lidos ou nas histórias contadas pelos antigos), o projeto-busca e o projeto-obra, que, baseados nas teorias de Marie-Christine Josso, permitiram que se evidenciasse a tomada de consciência dos sujeitos a partir de referências que nem sempre estavam “frescas” na memória. A partir de tais referências e matriciamentos, busquei os pontos de contato no sentido de tecer relações com a prática pedagógica de cada um dos sujeitos, respeitando as subjetividades, os imaginários, os tempos e as escolhas que surgiram nesse processo de (auto)formação.