Estratégias químicas e moleculares para caracterização de produtos de origem vegetal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Crizel, Rosane Lopes
Orientador(a): Chaves, Fabio Clasen
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8047
Resumo: Características genéticas e condições ambientais influenciam a composição química de frutas e hortaliças de modo que é possível distinguir produtos de diferentes cultivares produzidos sob condições ambientais distintas. As plantas estão constantemente expostas a estresses bióticos e abióticos e, para se adaptar a essas condições adversas ocorrem alterações moleculares, bioquímicas e fisiológicas. Dentre os mecanismos de respostas a estresses abióticos, há evidências que ocorre uma cascata de sinalização envolvendo cálcio (Ca2+) e proteínas quinases dependentes de cálcio (CDPKs). Desta forma, este trabalho de doutorado abrangeu dois enfoques distintos com duas culturas frutícolas relevantes, a oliveira e o morangueiro. Para cultura da oliveira (Olea europaea L.) foi avaliado o efeito do genótipo, ou seja, de diferentes cultivares na composição química de azeites de oliva produzidos em Pinheiro Machado e processados sob as mesmas condições em duas safras subsequentes. A composição dos azeites de oliva das cultivares Arbequina, Arbosana, Coratina, Frantoio, Koroneike e Picual das safras de 2017 e 2018 estava de acordo com os parâmetros de identidade e qualidade estabelecidos para azeite de oliva extra virgem (EVOO) e foi influenciada pelo cultivar e pela safra. EVOO produzidos em 2018 apresentaram maiores teores de clorofila, ácido cafeico, ligstrosídeo aglicona, hidroxi oleuropeína aglicona, ácido siríngico e acetato de hidroxitirosol comparado aos EVOOs da safra 2017. Ácido linoléico, ácido ferúlico, ligstrosídeo aglicona e acetato de hidroxitirosol foram as variáveis cujos conteúdos mais contribuíram para a diferenciação dos azeites em função da cultivar nas duas safras. A caracterização química permitiu diferenciar azeites monovarietais com base na safra e na cultivar. No caso do morangueiro (Fragaria x ananassa) foram identificadas sequências gênicas codificadoras de CDPKs e o perfil transcicional desses genes foi avaliado durante o processo de maturação e sob condições de estresses abióticos. A identificação da família FaCDPK foi realizada a partir de informações do Genome Database for Rosaceae (GDR) e de um bancos de RNA seq in housee, informações sobre a estrutura gênica, filogenia, interatoma e perfis de expressão foram geradas. Nove novos genes de CDPK foram identificados e classificados em quatro grupos principais, com base na análise filogenética e características estruturais. Os genes FaCDPK se apresentaram diferencialmente expressos durante o desenvolvimento e amadurecimento dos frutos, bem como em resposta aestresses abiótico salino e hidrico e tratamento com hormônio ácido abscísico. Por fim, a análise da rede de interação revelou proteínas envolvidas nas respostas a estresses, especialmente RBOHs.