Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Albuquerque, Mauricio da Cunha |
Orientador(a): |
Silva, Daniele Gallindo Gonçalves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5581
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Resumo: |
A Idade Média está em alta no universo pop atual. No cinema, na literatura, nas séries de TV, nos jogos eletrônicos e de tabuleiro, no Heavy Metal, ou em feiras e eventos culturais, a temática medieval está presente em todas as formas, estilos e cores que se possa imaginar. Nesta segunda década do século XXI, pesquisadores vinculados ao Studies in Medievalism – corrente anglo-americana voltada ao estudo dos usos e apropriações do passado medieval – propuseram-se a (re)formular um conceito teórico capaz de abarcar e explicar as nuances destas novas interfaces do medievo com a cultura do entretenimento – o chamado neomedievalismo. À luz deste referencial, estudamos a série em quadrinhos “Prince Valiant – In the Days of King Arthur”, criada pelo ilustrador canadense Harold Foster, em 1937. A proposta consiste em analisar como a Idade Média é representada no contexto de transição dos anos 1930 para 1940, momento em que os EUA ainda não haviam se recuperado dos danos econômicos e psicológicos causados pela Grande Depressão e os regimes totalitários avançacam a passos largos sobre o velho continente. Além das influências artístico-literárias advindas do romantismo, da ilustração comercial e da literatura infantil, destacamos que as aventuras do Príncipe Valente, ambientadas numa versão fantástica do século V, são repletas de referências à cultura e ao imaginário nacional estadunidense, como o mito da fronteira e do self-made man. Já entre os anos de 1939 e 1940, a série toma uma nova direção, tornando-se ainda mais engajada com os acontecimentos da época. Neste período de um ano, Foster narra a “Guerra Contra os Hunos”, arco de história que pode ser lido como uma crítica ao regime nacional-socialista alemão. Buscamos aqui esmiuçar as estratégias criativas e os jogos de referências histórico-culturais utilizadas pelo autor para engendrar tal discurso, explorando, assim, as relações existentes entre a produção de uma ficção histórica com vistas ao lucro e a inserção de elementos de cunho ideológico em tal processo. |