Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Seixas, Rita Helena Moreira |
Orientador(a): |
Vendruscolo, Claire Tondo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Agroindustrial
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Departamento: |
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5842
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Resumo: |
O desenvolvimento da fruticultura brasileira, especificamente pêssego em calda “tipo especial”, produzido e industrializado na região de Pelotas, tem como foco a melhoria da qualidade e a geração de renda e empregos diretos e indiretos. A sustentabilidade no processo de produção e a competitividade do pêssego em calda industrializado nacionalmente são fatores que estão ligados à cadeia produtiva de pêssego, fator esse de relevância econômica para a Região Sul do Brasil, especialmente para o município de Pelotas, que é destaque na produção de pêssego em calda, contribuindo com cerca de 80% do produto que abastece o mercado nacional. As indústrias locais passaram a ter como premissas manter-se no mercado e superar obstáculos impostos pela abertura do mercado nacional e a globalização que trouxeram o pêssego em calda importado, de diversas origens, entre elas grega e argentina. Este trabalho objetivou a comparação da evolução da qualidade do pêssego em calda “tipo especial” nacional, produzido na região de Pelotas/RS, (seis marcas) com o pêssego em calda importado de origem grega e argentina (quatro marcas para a primeira safra e três para a segunda safra avaliada), safras 1999/2000 e 2010/2011. Através de determinações analíticas e sensoriais buscou-se detectar mudanças e/ou melhorias no produto nacional, representado pela indústria local, comparativamente ao produto importado, no de correr da última década. No teste de ordenação por preferência, para o atributo aparência, utilizou-se a escala hedônica de 1 (gostou menos) a 10 (gostou mais), na primeira safra, e de 1 a 9 na segunda safra, sendo que, para ambas, destacou-se a preferência dos consumidores pela aparência das marcas importadas devido ao maior tamanho e coloração mais uniforme. Para sabor e textura, a escala utilizada foi de 1 (gostou menos) a 5 (gostou mais), na primeira safra avaliada, e 1 a 4, na segunda. Verificou-se a preferência dos consumidores, nas duas safras, pelo sabor das marcas nacionais, caracterizadas por uma maior doçura, decorrente do estágio correto de maturação da fruta, acidez e adição de caldas com maiores teores de açucares. O tamanho e espessura dos pêssegos importados, embora maiores que os de origem nacional, não foram determinantes na preferência do consumidor para o atributo textura. Os fatores determinantes para a obtenção de uma textura com firmeza intermediária, preferida pelos julgadores, foram: a correta maturação do fruto e o processamento adequado. Os pêssegos em calda de origem nacional apresentaram maior índice de vácuo, maior número de defeitos, menor espessura, menor diâmetro, menor peso das metades e maior número de metades do que as marcas importadas. O peso drenado do produto nacional foi inferior ao importado e as marcas nacionais e importadas das safras 99/00 e 10/11 não apresentaram diferença na composição química dos nutrientes. Concluiu-se que as indústrias processadoras da região de Pelotas/RS não possuem padrões de qualidade adequados e/ou não mantém um rigoroso monitoramento em todas as etapas de processamento do pêssego. |