As relações de gênero nas experiências das professoras de Língua Portuguesa.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pereira, Ani Camila Barcellos
Orientador(a): Zamperetti, Maristani Polidori
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4253
Resumo: A pergunta que norteou esta pesquisa é a seguinte: qual entendimento que as professoras de Língua Portuguesa têm sobre as relações de gênero? Para isso, tracei como objetivo geral compreender qual o entendimento e de que forma experienciam, enquanto professoras de Língua Portuguesa, as relações de gênero. Além disso, elaborei os seguintes objetivos específicos: registrar os discursos das professoras de Língua Portuguesa a respeito das relações de gêneros a partir de suas experiências acadêmicas e profissionais; averiguar de que forma as docentes lidam com a temática em suas práticas pedagógicas; perceber quais as motivações que levam ou não as professoras a incluir em suas práticas pedagógicas esta questão; e compreender como elas observam este assunto nas escolas em que atuam. Entrar em contado com os estudos sobre as relações de gênero foi um momento bastante significativo da minha formação docente, isso porque, é imprescindível compreender que existem interferências sociais e históricas sobre a maneira como entendemos e interagimos com as relações de gênero (LOURO 1997, 2000; GOELLNER, 2010). Com isso, a escola é um espaço relevante de formação para alunos, alunas, professores e professoras (PIMENTA, 2012; TARDIF, 2002,2014; ALARCÃO, 2011; GAUTHIER, 1998), pois é nela que são produzidos e disseminados discursos e práticas que interferem na maneira como enxergamos e como agimos no mundo (SCOTT, 1995; BOTTON, STREY, 2013; WEEKS, 2000; SWAIN, 2009). E dentre os vários discursos, a maneira como entendemos, percebemos e interagimos com as relações de gênero acaba por vir a ser um estudo prioritário na contemporaneidade. As participantes que contribuíram com este estudo foram quatro professoras de Língua Portuguesa da educação básica, da cidade de Pelotas/RS, e que foram minhas colegas durante a realização da minha graduação em Letras, na Universidade Federal de Pelotas. Como metodologia, foram utilizadas observações e entrevistas, as quais geraram as seguintes categorias (GOMES, 2010): “Professoras iniciantes e desacomodadas”; “As interferências das relações de gênero na desvalorização da profissão docente”; “A docência no imaginário infantil das professoras”; “A predominância das mulheres na docência”; e por fim, “As professoras e as relações com seus colegas, alunos e alunas”. Dentre os principais resultados estão as ações das professoras Aline e Carla, as quais colocaram em prática atividades que possibilitaram aos seus alunos e alunas refletirem sobre as relações de gênero e as interferências das relações de gênero na desvalorização da profissão docente; além disso, é possível destacar também uma situação oposta através das professoras Luana e Caroline, as quais demonstraram serem mais reservadas sobre o assunto.