Análise de uma linha de instabilidade costeira na região leste do estado do Pará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Loureiro, Renata Silva de
Orientador(a): Gomes, Roseli Gueths
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Meteorologia
Departamento: Faculdade de Meteorologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4843
Resumo: No Estado do Pará são observadas, preferencialmente nos meses de maio a agosto, Linhas de Instabilidade que se formam ao longo da costa que, por este motivo, são chamadas de Linhas de Instabilidade Costeira (LIC). Este trabalho tem como objetivo estudar as LIC que ocorreram durante a realização do Experimento de Campo do Período Chuvoso do Projeto DESMATAMilênioLBA, em abril de 2002. Para este estudo foram utilizados dados de superfície e de altitude, imagens de satélite geoestacionário realçadas e campos meteorológicos do modelo MM5. Com relação aos dados observados em superfície, os resultados mostraram que, em geral, as LIC não provocaram alterações significativas nas condições meteorológicas, com exceção de uma queda pronunciada nos valores de temperatura do ar, observada perto do horário de máxima intensidade das LIC. A seleção da LIC que ocorreu nos dias 17-18 de abril permitiu avaliar, em detalhes, as estruturas dos campos meteorológicos do ar superior e simulados durante o seu tempo de vida que foi de 8 horas, aproximadamente. Os resultados mostraram que esta LIC ocorreu em um ambiente com baixos valores de umidade, altas temperaturas e pouca instabilidade. Antes e durante a ocorrência da LIC, as velocidades do vento horizontal foram pequenas, em geral inferiores a 5 m/s. Um jato de leste foi observado em 850 hPa (com valores de 11 m/s) após a ocorrência da LIC, portanto sem associação à mesma. Os campos restituídos pelo modelo MM5 mostraram muito bem o gradiente horizontal de temperatura na região costeira, importante na geração da circulação de brisa marítima, fator principal de formação das LIC. Os campos de vento horizontal mostraram uma distinção nítida dos escoamentos do ar, de um lado entre a superfície e o nível 850 hPa e, de outro, entre o oceano e o continente. Um interessante resultado foi encontrado no nível de 850 hPa, onde o vento estava paralelo à costa desde 3 horas antes da formação da LIC, permanecendo assim até o início do enfraquecimento desta, quando sofre uma rotação tornando-se de leste.