Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Schmitt, Cléderson Idênio |
Orientador(a): |
Corcini, Carine Dahl |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Veterinária
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/11858
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Resumo: |
No Brasil, a inseminação artificial, representa 95% dos acasalamentos, sendo que mais de 99% são realizadas com sêmen refrigerado a 17°C, por causa o processo de criopreservação ocasiona diversos danos aos espermatozoides. Tais como, maior desidratação celular, decorrente da remoção de moléculas polares dos fosfolipídios, acarretando em alterações de funcionalidade. Com isso, pesquisas apontam que manter o sêmen diluído por até 24 horas a uma temperatura acima de 15°C é benéfico ao espermatozoide. Além disso, estudos apontam que acrescentar lipossomas ao diluente durante o processo de criopreservação, proporciona uma maior resistência dos espermatozoides ao frio. Por isso os objetivos desse estudo foram: a) avaliar a citotoxicidade do lipossoma comercial S100 com 98% de fosfatidilcolina em células espermáticas de suínos; b) avaliar do lipossoma comercial S45 junto a diluente de refrigeração em células espermáticas de suínos armazenadas a 17°C e 5°C. No primeiro estudo, foi avaliado a citotoxicidade do lipossoma comercial S100, fabricado pelo processo de injeção de etanol, com 98% de fosfatidilcolina comercial Lipoid GmbH (Alemanha), sendo acrescentados ao diluente plasma lactose, sendo testadas quatro diluições a 5°C e a 17°C de resfriamento por até quatro dias. No segundo estudo, foi avaliar a adição do lipossoma comercial S45, produzido com lecitinas de soja desengorduradas com >45% m/m fosfatidilcolina, 10–18% m/m fosfatidiletanolamina, <4% m/m lisofosfatidilcolina e <3% m/m triacilgliceróis, junto a diluente de refrigeração no processo hoilding time por até 72h a 17°C e a 5°C. Em ambos estudos se utilizou células espermáticas de dez machos diferentes (~ 80mL com ~2,6 bilhões de espermatozoides, cada dose) da mesma linhagem, mantidos em baias individuais e recebendo a mesma ração. Além disso, em ambas pesquisas, usou-se quatro diluições de lipossomas (5nM, 3,75nM, 2,5nM, 1,25nM e 0nM), avaliou-se a cinética espermática pelo sistema automatizado CASA, avaliando MT, MP, VCL, VSL, VAP, STR, LIN, WOB, BCF, ALH, DCL, DSL, DAP. A partir dos resultados, notou-se que no primeiro estudo, o lipossoma S100 apresenta uma alta citotoxicidade em todas a concentrações avaliadas, principalmente quando se armazena as células espermáticas a 5°C, e quando armazenadas a 17°C a concentração de 1,25nM. No segundo estudo, os resultados demonstraram que o armazenamento a 17°C com a adição de lipossomas proporcionou ganho na cinética espermática, e as doses armazenadas a 5°C, com a adição de lipossomaspermaneceram viáveis por 24h de armazenamento. Assim conclui-se que o uso do lipossoma S45 pode ser viável no processo de criopreservação do sêmen suíno por proporciona uma melhora nos resultados dos parâmetros da cinética espermática. E uso de lipossomas com alta concentração de fosfatidilcolina, como o caso do lipossoma S100, é citotóxico para as células espermáticas de suínos, devendo ser evitado o seu uso. |