Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Genivaldo Gonçalves |
Orientador(a): |
Amaral, Giana Lange do |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
|
Departamento: |
Faculdade de Educação
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/2948
|
Resumo: |
Esta pesquisa dedica-se a analisar as manifestações da cultura militar na educação brasileira durante parte da Primeira República, com destaque para a cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Trata-se de uma pesquisa documental, realizada por meio de alguns exemplares das revistas O Tiro e O Tiro de Guerra, editadas pelo Ministério da Guerra de 1909 a 1930, documentos digitalizados do Center for Research Libraries, Almanach de Pelotas, Relatórios do Município de Pelotas, Álbum de Pelotas, Lembranças do Gymnasio Gonzaga, documentos escolares do Museu da Escola Municipal Pelotense e bibliografias. A primeira parte descreve a história da educação militar, iniciada pelo exército português no território brasileiro em 1694, constituindo-se em matriz e inspiração herdadas pelo Exército do Brasil soberano, que, a partir dos arsenais de guerra, dispensou preocupação educacional não somente aos seus efetivos, como às crianças e adultos civis de suas vizinhanças. Participou, ainda, da alfabetização de parcela de seus militares de baixa patente em outros tipos de aquartelamento, por meio das Escolas Regimentais. Descreve, ainda, a importante participação de civis na criação de alguns Batalhões Patrióticos, sobretudo o da Escola Polytechinica que, nos primeiros anos da República, garantiu sua consolidação. Expõe os esforços do exército para contar com uma doutrina de guerra atualizada, experimentando, até meados do século XX, as doutrinas alemã, francesa e americana como ideais. Por fim, descreve o percurso histórico do surgimento da educação física no Brasil, tendo o Exército brasileiro desempenhado papel preponderante na sua adoção e desenvolvimento. A segunda parte deste trabalho aborda o início das atividades desportivas, tanto aquelas ligadas ao tiro ao alvo nas associações de cultura alemã, como as iniciadas pelos militares e civis em algumas instituições militares. Expõe, ainda, a criação da Sociedade de Propaganda do Tiro Brazileiro, na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, seus resultados e a inspiração à criação de outras associações com a finalidade de instruir cidadãos a partir dos 16 anos de idade no aprendizado do tiro para a defesa da pátria, sob a coordenação da Confederação do Tiro Brasileiro, concomitante à campanha em prol do serviço militar obrigatório. A terceira e última parte relata as inúmeras dificuldades enfrentadas pelo Exército brasileiro na Guerra da Tríplice Aliança, sendo que duas delas – a baixa qualificação profissional de sua tropa afetada pela pouca escolarização e o despreparo para atirar –perdurariam, ainda, como preocupações por muito tempo. Consciente disso, desde então o Ministério da Guerra manteve-se à procura de uma solução, descobrindo, no início do século XX, que poderia sanar essas deficiências com a introdução de sua cultura militar nas Linhas, Tiros e nas instituições educacionais civis, através das Escolas de Instrução Militar. Como resultado, Pelotas foi considerada um locus privilegiado para a disseminação daquela cultura, inclusive da pedagogia escoteira em algumas instituições, contribuindo para a formação de uma juventude patriótica e cívica. |