Num velho trapiche abandonado, o território é dos Capitães da Areia: Geografia e Literatura nas territorialidades da obra de Jorge Amado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Gonçalo, Carolina Rehling
Orientador(a): Meurer, Maurício
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4765
Resumo: Esta dissertação aborda a relação existente entre a Geografia e a Literatura por meio da análise de diferentes tipos de territórios presentes no romance do escritor baiano Jorge Amado: Capitães da Areia, publicado em 1937. Teve-se o intuito de compreender as diferentes formas de relações de poder e disputas que o escritor Jorge Amado representou na sua obra. Compreendeu-se também que a literatura exerce também o poder de representar uma dada realidade dando vida a elementos e momentos de um determinado passado ao qual a geografia deve estudar e problematizar. No caso, investigou-se as disputas envolvendo espaços destinados a crianças de rua, prostitutas e suas formas de sobrevivência dentro de uma sociedade que exclui e segrega. Para tanto utilizou-se como aporte teórico para uma discussão mais qualificada autores como Raffestin (1993), Candido (2006), Lajolo (1989) e Saquet (2008). Desta forma fez-se um trabalho que almejou contemplar as discussões advindas da teoria literária, ou seja, da importância e do significado da literatura para a sociedade, bem como, as possibilidades de estudar geografia a partir da literatura. O viés destacado neste trabalho é o território justamente pelo seu caráter politico, capaz de gerar tensões e disputas que definem identidades e estabelece determinadas representações de grupos sociais.