Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Nicola, Murilo Scalcon |
Orientador(a): |
Rabassa, Viviane Rohrig |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Veterinária
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/11530
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Resumo: |
As primeiras semanas após o nascimento são marcadas por diversas adaptações no organismo dos ruminantes, uma delas, se não a principal é o desenvolvimento do trato gastrointestinal, que é fundamental, para o rápido crescimento corpóreo assim como para a desenvolvimento da resistência contra enfermidades, principalmente as gastrointestinais. O presente estudo teve como objetivo avaliar a capacidade do butirato de sódio em estimular o desenvolvimento do trato gastrointestinal e prevenir diarreias em bezerras leiteiras. Para isso, 124 animais da raça Holandesa, foram distribuídos em dois grupos: GB - Butirato - que recebeu 4g de uma produto contendo 90% de butirato de sódio no leite integral do 1º ao 90º dia de vida, além de concentrado ad libitum (50 fêmeas e 12 machos, n=62), e GC - Controle - alimentados com a mesma dieta, mas com leite integral não-suplementado (50 fêmeas e 12 machos, n=62). A consistência das fezes foi avaliada diariamente nos primeiros 30 dias e os animais foram monitorados quanto à ocorrência de diarreia, sendo determinada a sua morbidade, recorrência, mortalidade e letalidade. O desempenho zootécnico dos animais foi monitorado durante os primeiros 60 dias de vida (D1, D8, D15, D22, D29, D45, D60), e aos 90 dias (desmame). Avaliações histológicas e de expressão gênica do trato gastrointestinal foram realizadas a partir de amostras coletadas de machos eutanasiados aos 15 e aos 30 dias de vida. Os resultados demonstraram que a suplementação de butirato no leite reduziu a morbidade (GB = 30% vs. GC = 50%) e a recorrência (GB = 26,67% vs. GC = 60%) da diarreia neonatal, além do número de dias com fezes anormais, em relação ao grupo não-suplementado (GB = 4,64 ± 0,47 dias vs. GC = 8,6 ± 0,65 dias). A suplementação também influenciou o ganho médio diário de peso (GMD), que tendeu a ser maior aos 30 dias (GB =0,441 ± 0,018 vs. GC = 0,394 ± 0,018) e aos 60 dias de vida (GB =.0,555 ± 0,016 vs. GC = 0,516 ± 0,016). Além disso, a morfometria do TGI aos 30 dias revelou maior comprimento (GB = 560,92 ± 10,28 µm vs. GC = 388,67 ± 10,28 µm) e maior área superficial (GB = 0,276 ± 0,008 mm2 vs. GC = 0,184 ± 0,008 mm2 ) de papilas ruminais nos animais suplementados. Na porção duodenal do intestino, o comprimento das vilosidades (GB = 488,14 ± 4,76 vs. GC = 446,87 ± 4,76 µm) e a profundidade das criptas (GB = 254,96 ± 2,75 µm vs. GC = 231,32 ± 2,75 µm) foram maiores no GB. Ao comparar os resultados da análise de expressão duodenal dos genes LCT e GLP2 de animais com 30 dias de vida que tiveram um episódio de diarreia (GB e GC - com diarreia) com os de animais que não tiveram episódios (GB e GC - sem diarreia), foi possível observar que os níveis transcritos no GB com diarreia, foi semelhante aos encontrados nos grupos GB e GC sem a enfermidade. Em conjunto, esses resultados permitem concluir que a suplementação contínua com butirato de sódio melhora o desenvolvimento gastrointestinal, reduz a ocorrência de diarreias e torna os quadros clínicos mais brandos e a recuperação mais rápida. Todos esses fatores tendem a favorecer um maior GMD nos primeiros 60 dias de vida, sendo uma alternativa interessante para acelerar o desenvolvimento inicial e melhor a saúde de bezerras leiteiras. |