Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Cavichioli, Bruno Gazalle |
Orientador(a): |
Cabrera, Carlos Artur Gallo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
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Departamento: |
Instituto de Filosofia, Sociologia e Política
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7987
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Resumo: |
A presente investigação visa analisar a instrumentalização do medo na gênese do Estado Novo português durante a fase de ascensão política de António de Oliveira Salazar. A pesquisa parte do pressuposto geral de que a instrumentalização do medo na sociedade portuguesa entre os anos de 1928 e 1933 permitiu a Salazar obter a capitalização política necessária para instituir o Estado Novo em Portugal. O medo foi operacionalizado, em seu caráter politicamente aproveitável, e relacionado diretamente com a análise de eventos historicamente documentados e percebidos como principais no processo de ascensão do então Ministro das Finanças até a Presidência do Conselho de Ministros. A análise da conjuntura portuguesa e europeia do início do século XX permitiu, ademais, traçar paralelos comparativos do regime português com outros regimes autoritários e totalitários congêneres, afastando comparações superficiais e corroborando com a percepção precisa do cenário vivido. Os resultados dessa comparação indicam que a instrumentalização do medo presente na conjuntura, a despeito de não ser fator determinante único, possuiu importante papel na criação da figura de Salazar como governante imprescindível para a recuperação da ordem financeira, econômica, social e política de Portugal, possibilitando a promulgação da Constituição de 1933 e, consequentemente, a instauração do Estado Novo. |