Qualidade de vida dos cuidadores de idosos com comprometimento cognitivo e o apoio dos profissionais da atenção primária à saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Amanda Amaral dos
Orientador(a): Thumé, Elaine
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Departamento: Faculdade de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3854
Resumo: Introdução: Neste início de século XXI, as demências emergem como um importante problema de saúde pública, com especial interesse da comunidade mundial pela crescente ocorrência com consequências que impactam na vida das famílias, em especial no cuidador direto. A piora na qualidade de vida, o comprometimento físico, mental e social estão entre os problemas enfrentados pelos cuidadores e necessitam de apoio dos profissionais de saúde. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida dos cuidadores informais dos idosos com comprometimento cognitivo e o apoio ao cuidador prestado pelos profissionais da Atenção Primária à Saúde. Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo, realizado em 2017, na cidade de Bagé, Rio Grande do Sul, Brasil. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de questionário contendo questões relacionadas a aspectos sociodemográficos, de qualidade de vida (WHOQOL-Bref) e sobrecarga (Zarit Burden). Resultados: Foram entrevistados 137 cuidadores, esses eram em sua maioria mulheres, casadas, idosas, que residiam no mesmo domicilio do idoso, viviam com renda até dois salários mínimos e possuíam baixa escolaridade. A qualidade de vida, avaliada em um escore de 0 a 100, resultou em uma média de 68,5 pontos para o domínio físico; 62,6 para o psicológico; 70,4 para as relações sociais e 59,1 para domínio ambiental,quanto maior o escore melhor a qualidade de vida. Na avaliação global da saúde, a maioria (83.9%) consideravam a saúde boa e (64,2%) estavam satisfeitos. Idade avançada, renda mais baixa, escolaridade reduzida, presença de morbidades, não utilização dos serviços de atenção básica, muitas horas de cuidado, diagnósticos clinico de demências foram variáveis associadas a pior qualidade de vida dos cuidadores. Conclusão: os achados reforçam importantes aspectos da determinação social apontados na literatura e possibilitou identificar o perfil dos cuidadores, com reflexões acerca do apoio dos profissionais da atenção primária à saúde na qualidade de vida dos cuidadores.