O devir das coisas : uma etnografia do fluxo vital dos resíduos sólidos da indústria naval da cidade de Rio Grande/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Braga, Carolina Hoffmann Fernandes
Orientador(a): Magni, Cláudia Turra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Antropologia
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3241
Resumo: Na perspectiva da antropologia dos objetos mas, principalmente guiada pela teoria de Tim Ingold, este projeto busca desenvolver uma pesquisa sobre os fluxos, “desvios” e reutilizações de resíduos sólidos da indústria naval da cidade de Rio Grande/RS, material frequentemente refugado e que, embora imperceptível aos olhos da maioria da população, aponta para novas relações entre a cultura material e o ser humano. A pesquisa procura desnaturalizar e iluminar um assunto insuficientemente explorado em diversas áreas do conhecimento: os dejetos, ou “lixo”, entendidos como herança de nossa sociedade de consumo para as próximas gerações. Diante da indissociabilidade entre seres humanos e coisas, o estudo leva em conta o dinamismo desta relação, considerando que ambos constroem-se mutuamente. A análise da cultura material será proposta a partir de uma abordagem antropológica, considerando-se ainda suas vertentes imagética e do consumo, através das quais pretendo provocar reflexões críticas sobre nossas práticas e visões de mundo mas, principalmente, buscando uma análise mais próxima das coisas. Acompanhar os resíduos de madeira até uma olaria, e além, deram à pesquisa a pista para descobrir como as pessoas e as coisas interagem, além de mostrar como suas vidas se cruzam e se modificam mutuamente