Modelagem de distribuição da mosca-das-cucurbitáceas sul-americana Anastrepha grandis (Diptera: Tephritidae): projeções para novos territórios e cenários futuros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Teixeira, Cristiano Machado
Orientador(a): Garcia, Flávio Roberto Mello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7574
Resumo: A mosca-da-abóbora, Anastrepha grandis (Macquart, 1846) (Diptera: Tephritidae) é a mais importante mosca que infesta cucurbitáceas na América do Sul. Compreender as áreas de distribuição potencial da espécie pode ajudar em estratégias de monitoramento e controle em regiões onde a mosca encontraria condições de adequabilidade ambiental para o seu estabelecimento. A modelagem de distribuição de espécie possibilita prever onde e em quais condições uma espécie pode ocorrer. Entender como a distribuição geográfica da espécie pode ocorrer em diferentes cenários permite maior poder de previsibilidade em estratégias de controle nas diferentes regiões e em diferentes cenários climáticos, como o que pode ocorrer se mudanças no clima previstos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas se confirmarem. O objetivo desse trabalho foi modelar as distribuições potenciais da mosca em dois tipos de abordagens, uma em relação as áreas onde a mosca ainda não ocorre fora da América do Sul, e outra com foco em distribuição preditiva nos cenários de mudança climática. Os resultados sugerem que a mosca pode se estabelecer em várias áreas de alta e média adequabilidade em todos os continentes, principalmente em regiões como o centro da África, sudeste asiático e Austrália. Mas também encontra atualmente condições adequadas em áreas no sul dos Estados Unidos e na Península Ibérica no hemisfério norte. Se forem consideradas as áreas de baixa adequabilidade o número de localidades que podem ser invadidas aumentaria. Em cenários de mudanças climáticas, a mosca tem sua distribuição favorecida em geral pelas mudanças em todos os cenários e embora possa perder algumas faixas de território hoje potenciais, ainda manterá áreas estáveis de distribuição com ganho maior nas novas áreas disponíveis principalmente nas regiões já favoráveis no presente e regiões em direção aos polos. Nesse sentido conclui-se que A. grandis tem condições de dispersar e colonizar novos ambientes fora de sua faixa nativa, inclusive em regiões onde é considerada quarentenária, e a exemplo de outros tefritídeos será beneficiada com mudanças climáticas que aumentarão a área adequada para seu estabelecimento.