Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Prezotto, Leandro Fontes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41131/tde-02062008-135324/
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Resumo: |
As espécies de moscas-das-frutas da família Tephritidae são consideradas importantes pragas da fruticultura mundial por utilizarem vários frutos de valor comercial como substrato para desenvolvimento do seu estágio de larva. O gênero Anastrepha é endêmico do Continente Americano e compreende cerca de 200 espécies descritas, das quais 99 ocorrem no Brasil. Dentre essas espécies, destaca-se a espécie nominal Anastrepha fraterculus (sensu lato), que compreende um complexo de espécies crípticas, quatro das quais foram reconhecidas, até o momento, A. sp.1, A. sp.2 e A. sp.3 (Brasil) e A. sp.4 encontrada no Equador. O presente trabalho buscou a caracterização da variabilidade do espaçador ITS1 do DNA ribossômico de A. sp.1, A. sp.2 e A. sp.3 em amostras populacionais de diversas localidades do Brasil e a análise desse espaçador em amostras de outras regiões das Américas do Sul, Central e México. O ITS1 mostrou ser um marcador bastante útil para análises filogenéticas entre espécies próximas. Os fragmentos amplificados com os iniciadores 18SF e 5.8SR, construídos neste trabalho, continham cerca de 900 pb, não havendo diferenças significativas entre as amostras. Os fragmentos continham uma seqüência parcial do gene 18S, o ITS1 completo e o início do gene 5.8S. O ITS1 variou de 539 a 584 bases. Todos os exemplares apresentaram uma quantidade muito maior de base AT (entre 77,6 a 88,6%). O índice de similaridade entre as amostras variou de 88% a 99,8%. Não foram observadas diferenças significativas intraespecíficas entre as seqüências de amostras populacionais das entidades brasileiras do complexo. A análise filogenética feita pelo programa POY gerou muitas árvores igualmente parcimoniosas. A árvore de consenso estrito agrupou as amostras em clados distintos. O clado (grupo externo) formado por C. capitata e C. rosa foi colocado em um ramo distinto e no outro clado, todas as amostras de Anastrepha. O clado de A. fraterculus, separou as amostras do México e Guatemala das demais, que formaram outro clado. Dentro deste clado, foram formados dois subgrupos, um com as amostras do Peru e Equador e um com as amostras do Brasil e Argentina. Dentro desses clados houve separação em sub-grupos de amostras de cada região geográfica, sendo observada, com algumas exceções uma relação desses grupos com as divisões biogeográficas da entomofauna da América Latina. Desta forma, a análise do ITS1 corrobora resultados anteriores indicando que há claramente três entidades do complexo fraterculus no Brasil (A. sp.1, A. sp.2 e A. sp.3) e que diferentes morfotipos devem existir nas diferentes regiões da América Latina. |