Caminhar na cidade: ressignificação do lugar sob uma perspectiva de gênero

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Mahfuz, Aracele Rocha
Orientador(a): Portella, Adriana Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/15217
Resumo: Para tornar as cidades melhores e mais habitáveis, é imprescindível torná-las caminháveis. A caminhabilidade propicia a vitalidade urbana e é, ao mesmo tempo, uma referência para medir tal vitalidade. Porém, caminhar nas ruas das cidades com tranquilidade é privilégio de poucos. As mulheres são as mais prejudicadas nos deslocamentos a pé, tendo, além de uma experiência negativa e desmotivadora, seu direito de ir e vir, e, consequentemente, o direito à cidade, ceifados. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivos gerais analisar como o desenho urbano pode contribuir para o fortalecimento dos deslocamentos a pé das mulheres e apresentar diretrizes para elaboração de políticas públicas de planejamento urbano, visando criar espaços públicos mais seguros e acolhedores, incentivando cada vez mais a mobilidade ativa. Para tal, escolheu-se fazer um estudo de caso no bairro Porto na cidade de Pelotas/RS. O local escolhido tem grande valor histórico que remonta aos tempos de quando Pelotas era o principal centro econômico e comercial do Rio Grande do Sul. Atualmente, depois de um tempo de abandono, a região vem sendo recuperada pouco a pouco, principalmente com projetos da Universidade Federal de Pelotas, que viu nos grandes prédios desocupados a possibilidade de expandir sua estrutura. Para realização da pesquisa, foram aplicados os seguintes procedimentos metodológicos: entrevista caminhada, levantamento físico e observações. Verificou se que fazer planejamento urbano sob uma ótica feminina é fundamental para superar as desigualdades de gênero e as diferentes formas de discriminação das mulheres brasileiras; principalmente, há a necessidade de incluir nas políticas públicas aquelas que são mais vulneráveis (negras, lésbicas e trans), a fim de fortalecer a cidadania de mais da metade da população.