Educação do campo e o letramento dos professores : na busca por uma educação como prática da liberdade – estudo de caso na Rede de Ensino Municipal de Pelotas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Andréa Wahlbrink Padilha da
Orientador(a): Paludo, Conceição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/2927
Resumo: Nesta dissertação, foi desenvolvido um estudo sobre o fenômeno do letramento, tendo como foco o letramento dos professores alfabetizadores. O objetivo dessa pesquisa foi contribuir para pensar/refletir os processos de letramento que ocorrem nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Buscou-se analisar os limites e possibilidades da utilização do letramento em seu sentido forte/radical, no desenvolvimento das práticas letradas, no cotidiano de uma escola do campo. Esse estudo de caso foi realizado em uma escola pública do campo, no município de Pelotas/RS. A orientação foi a partir das contribuições do Materialismo Histórico Dialético, como base teórica metodológica,para compreender o conceito de letramento, no sentido de ampliar o debate acerca da importância de sua utilização no trabalho pedagógico, de maneira crítica e reflexiva.Para tanto, foram utilizadas as técnicas de observação, análise de documentos e entrevistas semiestruturadas. Algumas das categorias, como ideologia, consciência de classe, emancipação humana, visão social de mundo e conscientização, permeiam esta análise, enquanto possibilidade de resgatar o letramento em seu sentido „forte/radical?, na direção da construção de processos educativos críticos, como componente essencial para a ampliação das possibilidades de novas relações sociais no campo e de uma educação voltada aos interesses das classes populares do mesmo, na conquista de uma vida digna e de possibilidades. No decorrer da análise e nas considerações, buscou-se refletir sobre os limites e possibilidades de sua implementação nas escolas públicas do campo. Conclui-se que o letramento trabalhado nessas escolas está distante da concepção forte/radical. O que foi possível de ser constatado é de que os professores utilizam e compreendem o letramento enquanto uma ferramenta de auxilio, um recurso metodológico para o desenvolvimento do processo de alfabetização, porém, restrito a uma boa habilidade com o código escrito, estando ainda distantes da concepção forte/radical de letramento.