Encapsulação de extrato da casca de cebola roxa (Allium cepa L.) em fibras ultrafinas de amidos de batata-doce pela técnica de electrospinning

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Cruz, Elder Pacheco da
Orientador(a): Dias, Álvaro Renato Guerra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8992
Resumo: O extrato da casca de cebola roxa (ECCR) contém compostos fenólicos que são sensíveis as condições ambientais e, com isso, devem ser protegidos para sua melhor preservação e manutenção. Assim, o objetivo do estudo foi produzir fibras ultrafinas de amido nativo de duas cultivares de batata-doce (amarela e branca) com diferentes concentrações de ECCR encapsulado (0, 3, 6 e 9%, p/p) e não encapsulado utilizando a técnica de electrospinning. As soluções poliméricas para encapsulação do ECCR foram de 0,6 g de amido (20%, p/v) em 3 mL de ácido fórmico (75%, v/v). Os parâmetros utilizados foram fluxo constante de 0,75 mL.h-1 , tensão de 18 kV e distância de 20 cm da ponta da agulha a placa coletora. Foi avaliada a condutividade elétrica e viscosidade aparente das soluções poliméricas, o perfil fenólico do ECCR foi avaliado por cromatografia líquida de alta performance, as fibras ultrafinas foram avaliadas pela morfologia, distribuição de tamanho, eficiência de encapsulação, análise termogravimétrica, simulação da liberação in vitro dos compostos fenólicos em condições hidrofílicas e hidrofóbicas, ângulo de contato, atividade antioxidante in vitro frente aos radicais ABTS e DPPH e atividade antibacteriana in vitro frente a Escherichia coli e Staphylococcus aureus. Os compostos fenólicos identificados no ECCR foram quercetina 3-o-acetil-ramnosídeo, miricetina, quercetina 3-o-glicosídeo, isoramnetina 3-glicuronídeo, quercetina e apigenina 7-arabinosídeo. Como resultados, houve diferença significativa na viscosidade aparente e condutividade elétrica das soluções poliméricas, entre os diferentes amidos. As fibras ultrafinas apresentaram morfologias de acordo com a concentração de ECCR. No entanto todas apresentaram-se aleatórias e sem a presença de beads e, com diâmetros médios variando de 251 a 611 nm. A eficiência de encapsulação do ECCR nas fibras ultrafinas variou de 67 a 78%. A análise termogravimétrica mostrou que as fibras ultrafinas suportam temperaturas mais elevadas até sua degradação, quando comparadas com o extrato. Os compostos fenólicos encapsulados apresentaram baixa liberação em condições hidrofílicas e maior liberação em condições hidrofóbicas. As fibras ultrafinas de amidos apresentaram-se mais permeáveis à medida que houve a incorporação do ECCR, através da análise de ângulo de contato. A atividade antioxidante do ECCR foi de 97,97% e 84,94% para os radicais ABTS e DPPH, respectivamente e as fibras ultrafinas quando encapsulas com 9% de ECCR, apresentaram inibição ao radical ABTS acima de 92%. A análise antibacteriana mostrou que o ECCR encapsulado e não encapsulado apresentou atividade inibitória frente a E. coli e S. aureus. No entanto, somente o ECCR não encapsulado apresentou atividade bactericida. As fibras ultrafinas produzidas mostraram-se promissoras para aplicação na indústria de alimentos, porém a escolha das fibras ultrafinas com o ECCR depende das condições, características e finalidade na matriz alimentícia ou embalagem que forem aplicadas