Intoxicação experimental por Ramaria flavobrunnescens em bovinos: estudo da patogenia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Schons, Sandro de Vargas
Orientador(a): Schild, Ana Lucia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9173
Resumo: Com o objetivo de estudar a patogenia das lesões que ocorrem nos cascos, na língua e na pele da cauda de bovinos intoxicados por Ramaria flavo-brunnescens, este cogumelo foi triturado em liquidificador imediatamente após a coleta entre março e maio de 2004, e administrado, através de sonda oro-gástrica, a três bovinos da raça Jersey com 9-10 meses de idade. A dose diária administrada foi de aproximadamente 20g/kg de peso vivo durante 7 (1 bovino) e 13 dias (2 bovinos), perfazendo totais de 140, 268 e 261g/kg de peso vivo a cada animal, respectivamente. Após a administração do cogumelo os bovinos recebiam ração comercial na dose de 1% do peso corporal e água a vontade e permaneciam em um potreiro de campo nativo. Um bovino de mesma raça e idade foi utilizado como controle. Os sinais clínicos observados nos bovinos intoxicados, caracterizaram-se por apatia, anorexia, hiperemia da mucosa oral, alisamento da superfície dorsal da língua, hipersensibilidade dos cascos e queda dos pêlos longos da cauda quando levemente tracionados. Os animais foram eutanasiados e necropsiados no 8º (1 bovino) e no 15º dias (2 bovinos) após o início do experimento, juntamente com o controle. Histologicamente observou-se o epitélio da superfície dorsal da língua estreito com ausência das papilas filiformes, vacuolização dos queratinócitos e desprendimento da superfície queratinizada. Na região laminar do casco observou-se vacuolização das lâminas epidérmicas, hiperplasia dos queratinócitos e queratinização irregular e flocular. Na pele da cauda observou-se hiperqueratose ortoqueratótica e vacuolização da bainha radicular externa e espessamento da queratina tricolemal e infiltrado inflamatório mononuclear ao redor dos folículos. No estudo imunoistoquímico utilizando os anticorpos policlonal anti-(pan)citoqueratina e para marcação da proliferação celular o anticorpo primário monoclonal anti-Ki-67, não foram observadas diferenças entre o epitélio da superfície dorsal da língua dos três bovinos intoxicados e o do bovino controle. No estudo por microscopia eletrônica observou-se diminuição dos tonofilamentos e espaços intercelulares acentuadamente dilatados.