Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Saturnino, Klaus Casaro |
Orientador(a): |
Lemos, Ricardo Antônio Amaral de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/946
|
Resumo: |
Foi realizado estudo experimental de intoxicação por Brachiaria decumbens em ovinos confinados recebendo apenas esta forrageira como fonte alimentar. Os animais foram avaliados em três período s do ano, com duração de 60 dias cada, analisando seus estados clínicos e amostras de sangue para mensuração da atividade das enzimas séricas GGT (gama glutamiltransferase), AST (aspartato aminotransferase) e dos níveis séricos de BD (bilirrubina direta) com o objetivo de avaliar sua importância e utilidade no diagnóstico de fotossensibilização hepatógena causada por esta planta, além de relatos dos sinais clínicos, achados de necropsia e histopatológicos. De vinte e quatro animais confinados, cinco morreram no primeiro período, quatro no segundo e dois no terceiro, tendo como principais sinais clínicos anorexia, icterícia, fotofobia e dois casos de dermatite leve, além de desidratação e apatia. Nos achados de necropsia foram constatados icterícia generalizada, vesícula biliar repleta e distendida, padrão lobular evidente e em dois casos, opacidade de córnea. As alterações microscópicas foram mais significativas no fígado com bilestase, tumefação e vacuolização de hepatócitos, sinusóides com macrófagos, proliferação de ductos e canalículos biliares com infiltração linfocítica, sinais estes que variaram na sua severidade conforme o tempo decorrido da ingestão da planta. Os achados foram característicos de fotossensibilização hepatógena por B. decumbens no período estudado e nas quantidades consumidas, mesmo quando os animais não apresentaram dermatopatia, principalmente pela presença de fotofobia. Os resultados da avaliação sérica demonstraram indícios de aumento de suas atividades durante o processo de intoxicação com forte correlação entre GGT, BD e morte dos ovinos, com surgimento de elevação da atividade sérica de GGT, em média, 11 dias antes da constatação dos sinais clínicos, validando sua importância diagnóstica preventiva. A BD teve elevação em períodos bem próximos dos sinais clínicos e a AST teve resultados inconsistentes. Treze animais não apresentaram sinais clínicos, apesar de serem constatadas significativas elevações nos níveis séricos das enzimas em questão, sugerindo a existência de indivíduos tolerantes/resistentes dentro do intervalo estabelecido. O modelo experimental foi adequado na caracterização da intoxicação de ovinos pela B. decumbens, oferecendo dados para a realização de novas pesquisas. |