Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Sales Junior, Sidney Fernandes |
Orientador(a): |
Correia, Fábio Veríssimo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34248
|
Resumo: |
O lixiviado é um efluente de difícil biodegradação com características físicas, químicas e biológicas variáveis com elevado potencial de causar a contaminação do solo, das águas subterrâneas e dos corpos hídricos. Com base nisso, quando se busca avaliar os seus impactos no meio ambiente, faz-se necessário o uso de indicadores que permitam medir a ação destes sobre organismos vivos. No presente trabalho, buscou-se avaliar a toxicidade do lixiviado não tratado por meio de exposições agudas e crônicas, utilizando biomarcadores de estresse oxidativo, citotoxicidade e genotoxicidade em minhocas da espécie Eisenia andrei. Os ensaios ecotoxicológicos agudos mostraram CL50 de 2,3 mL cm-2 em teste de contato e 77,8 mL kg-1 em solo natural, durante 72 h e 14 dias, respectivamente. Foi observado, também, efeito de fuga dos organismos em concentrações acima de 37,5 mL kg-1 . O ensaio crônico apontou efeito na reprodução, reduzindo a produção de casulos e impedindo o desenvolvimento de indivíduos recém-nascidos com o aumento das concentrações de lixiviado. A exposição prolongada ao lixiviado foi citotóxica, com redução da viabilidade e a densidade celular, principalmente na concentração de 10,5 mL kg-1 . Os biomarcadores de estresse oxidativo, evidenciaram efeito oxidante proveniente da exposição ao lixiviado. Os agentes antioxidantes catalase (CAT) e metalotioneína (MT) foram induzidos, ou seja, aumentaram sua atividade e concentração com o aumento da exposição, a partir de 35 dias de exposição. Por outro lado, houve redução da atividade e concentração de glutationa-Stransferase (GST) e glutationa reduzida (GSH), respectivamente. Foi observado um aumento da concentração de malondialdeído (MDA) ao final de 77 dias de exposição, evidenciando a lipoperoxidação causada por lesões oxidativas. Por meio do ensaio cometa, foi observado efeito genotóxico dose-dependente a partir dos primeiros 7 dias de exposição em ensaio crônico. A análise de componentes principais (ACP) mostrou correlação entre os agentes antioxidantes e o efeito genotóxico, assim como entre a genotoxicidade e citotoxicidade, mostrando que sistema de defesa a contaminantes exógenos funciona de forma conjunta a fim de manter a homeostase celular. Conclui-se que o lixiviado de aterro de resíduos sólidos mostrou ser tóxico para a espécie Eisenia andrei em exposição aguda e crônica gerando efeitos citotóxicos, genotóxicos e de estresse oxidativo. No mesmo sentido, a análise de efeitos subletais mostrou ser eficaz na determinação de efeitos tóxicos precoces ao lixiviado nos organismos testados. |