Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Pâmela Renata Machado |
Orientador(a): |
Miranda, Ana Ruth Moresco |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5334
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Resumo: |
O tema desta pesquisa é a discussão, à luz do Modelo de Redescrição Representacional (MRR) de Karmiloff-Smith (1994), acerca dos níveis de representação do conhecimento de professores dos anos iniciais referente à ortografia. As manifestações verbais dos sujeitos investigados, concernentes ao funcionamento do sistema ortográfico do português, especificamente em relação às arbitrariedades (a grafia do fonema /s/) e às contextualidades (a grafia do ‘r-forte’), estão no foco da análise. Participam da pesquisa seis professores de duas escolas da rede pública de Pelotas. Os dados foram obtidos por meio de uma entrevista semi-estruturada e da aplicação de três instrumentos de coleta de dados preparados especificamente para o estudo, os quais se caracterizam como tarefas. A entrevista - primeira etapa da pesquisa - buscou uma aproximação da pesquisadora com as professoras. Já a segunda etapa, composta por tarefas distintas, oferece elementos para a avaliação do nível de representação do conhecimento dos professores dos anos iniciais sobre as regras contextuais e arbitrárias. A primeira tarefa se desenvolveu a partir da análise de grafias incorretas com a subsequente tentativa de reflexão sobre elas; a segunda constitui-se de um ditado de palavras pouco frequentes e posterior justificativa às escolhas gráficas; e, por fim, a tarefa de erro intencional, na qual as professoras tinham de escrever como se fossem os alunos. Os resultados, de modo geral, evidenciam que há uma predominância dos níveis de representação que não permitem a verbalização relativa aos saberes destas professoras dos anos iniciais sobre o funcionamento da ortografia, o implícito (I) e o explícito 1 (E1). Observou-se uma tendência à explicitação apenas parcial das regras contextuais, especificamente a do “r-forte” no início de palavra; e, em relação à grafia do fonema /s/, o predomínio de manifestações interpretadas como características do nível implícito, no contexto intervocálico. Os resultados da pesquisa mostram que, apesar de ‘saber fazer’, os sujeitos não sabem por que fazem e, na maioria das vezes, não conseguem explicar as escolhas feitas. Ao final do estudo, foi possível estabelecer correlação positiva entre o comportamento procedimental e pouco explicitável dos professores estudados sobre o conhecimento das regras ortográficas focalizadas e os resultados revelados em análises de dados de escrita espontânea de crianças do mesmo período escolar, isto porque são exatamente aquelas regras não explicitadas pelos professores as que oferecem maior dificuldade aos alunos, a qual se revela por meio da concentração de erros ortográficos em suas produções escritas, conforme mostram os estudos de Araújo (2008) e Garcia (2008). |