Conhecimentos ortográficos de alunos do 5º ano do Ensino Fundamental I

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Souza, Patrícia Regina de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180911
Resumo: O presente estudo foi desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Educação da UNESP - Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), vinculado à linha de pesquisa “Processos Formativos, Ensino e Aprendizagem”. A escola, em geral, cobra dos alunos uma escrita padrão, mas não tem oportunizado situações de ensino que façam com que eles compreendam as regras ortográficas. Nessa perspectiva, é possível observar que os discentes têm demonstrado dificuldades para utilizar a norma ortográfica e isso tem se refletido em todos os níveis de ensino. A defasagem com relação à ortografia se deve, muitas vezes, às práticas escolares que têm feito com que suas dúvidas não sejam esclarecidas, já que a inserção de tarefas mecânicas no ensino não tem dado margem para que reflitam sobre o sistema ortográfico de modo a internalizarem as regras de forma consciente e explícita. Dessa maneira, para este estudo, estabelecemos as seguintes questões norteadoras: quais são os conhecimentos ortográficos demostrados por alunos do 5º ano do Ensino Fundamental I? Quais são os principais erros ortográficos presentes nos textos produzidos por alunos do quinto ano do Ensino Fundamental I? Qual a relação existente entre o nível de explicitação da ortografia e a qualidade das transgressões intencionais produzidas pelos alunos? Tivemos como objetivo principal investigar os conhecimentos ortográficos de alunos do 5º ano do ensino fundamental I, a partir da análise de seus erros ortográficos e com base na observação da relação existente entre o nível de explicitação de regras e a qualidade das transgressões intencionais. Para tanto, este estudo pautou-se na pesquisa quanti/qualitativa do tipo estudo de caso, a partir da utilização de vários instrumentos de coleta de dados, quais sejam: ditado de palavras reais e inventadas, tarefa de erro intencional, produções de textos e entrevista. De um modo geral, a análise dos dados revelou que o grupo de alunos com bom desempenho ortográfico tende a apresentar desempenhos satisfatórios nas atividades propostas, contudo ainda apresenta dificuldades na explicitação das regras ortográficas; por outro lado, os alunos com desempenhos inferiores em ortografia tendem a ter dificuldades em todas as tarefas que envolvem o conhecimento ortográfico. Sendo assim, destacamos a importância de um ensino sistemático, contextualizado, reflexivo e explícito da ortografia em que sejam levados em consideração os ritmos de aprendizagem dos alunos, a variação linguística e a natureza dos erros ortográficos, pois são fatores que podem interferir na aquisição do sistema ortográfico. Além disso, destacamos a importância de políticas públicas centradas nas necessidades formativas dos docentes, as quais atuem no sentido de suprir lacunas que foram deixadas na formação inicial, pois, sem um conhecimento profundo do sistema ortográfico, o professor não será capaz de ensinar ortografia de maneira reflexiva aos alunos.