Detecção do vírus SARS-COV-2 utilizando método molecular alternativo e avaliação das alterações bioquímicas, hematológicas, inflamatórias e estresse oxidativo em profissionais da saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Trassante, Carla Marcelino
Orientador(a): Giongo, Janice Luehring
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10883
Resumo: Um novo coronavírus foi descoberto em dezembro de 2019 em Wuhan, na China. Posteriormente denominado SARS-Cov-2, o vírus espalhou-se pelo mundo e, em março de 2020 a Organização Mundial de Saúde decreta a doença causada pelo patógeno, a COVID-19, como uma pandemia. A doença tem sintomas inespecíficos como tosse, febre, dor de cabeça e dores no corpo, semelhantes a um resfriado. No Brasil, até 14 de janeiro de 2021ª COVID-19 levou 208.246 indivíduos à morte. Os profissionais de saúde da linha de frente do cuidado têm experimentado situações estressoras extremas e prejuízos psicológicos e fisiológicos, entre eles, processos inflamatórios e estresse oxidativo. A população de estudo foi composta por profissionais atuantes na linha de frente de 5 equipes de Atenção Básica do município de Pinheiro Machado/RS, totalizando 45 profissionais. Entre eles, 2 foram infectados por SARS-Cov-2 e 43 não foram infectados desde o início da pandemia. Avaliamos os seguintes pontos: estresse psicológico, perfil bioquímico, perfil de coagulação, hemograma, atividade inflamatória e estresse oxidativo. Além disso, foi utilizada a técnica de RT-LAMP para detecção da COVID-19. O grupo de profissionais infectados teve Alanina aminotransferase (ALT), Aspartato aminotransferase (AST), Lipoproteína de alta densidade (HDL) e Desidrogenase láctica (LDH), linfócitos e monócitos aumentados em relação ao grupo controle. Neste grupo diminuíram os valores de ácido úrico, triglicerídeos, leucócitos, neutrófilos, hemoglobina, hematócrito e plaquetas comparando-se os resultados ao grupo controle. Já para o grupo não infectado pela COVID-19 houve aumento no HDL, eosinófilos e monócitos, quando comparados ao grupo controle. Apareceram reduzidos os seguintes parâmetros: ácido úrico, LDH, triglicerídeos, VLDL, hematócrito e Volume Corpuscular Médio das hemácias, comparando os valores destes indivíduos ao grupo controle. O estresse oxidativo esteve presente no grupo de profissionais infectados e não infectados por SARS-Cov-2, assim como a atividade inflamatória. Este estudo foi o primeiro a utilizar o método RT-LAMP em profissionais de saúde e mostrou-se eficaz na detecção de SARS-Cov-2. Este estudo foi o primeiro a utilizar o método em profissionais de saúde.