Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Róger Jean |
Orientador(a): |
Antunes, Gertrud Müller |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Parasitologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14236
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Resumo: |
Investigações sobre parasitos associados aos animais silvestres no Brasil ainda são escassos, sobretudo em relação aos helmintos que parasitam anuros. O pouco conhecimento sobre a diversidade de helmintos associados a Aquarana catesbeiana no Brasil, somado ao hábito predador da espécie destacam a importância da investigação helmintológica. O trabalho teve por objetivo investigar a helmintofauna parasitária de rãs e girinos de A. catesbeiana no extremo sul do Brasil. Entre outubro de 2019 e dezembro de 2021, 57 rãs adultas e juvenis, e 145 girinos de A. catesbeiana foram coletados nos municípios de Pelotas (Cascata) e Capão do Leão (Zootecnia), Rio Grande do Sul. Os helmintos foram coletados e preparados para classificação conforme técnicas usuais em helmintologia. Os índices de prevalência (P%), intensidade média de infecção (IMI), abundância média (AM) e Intensidade de infecção (INi) foram estimados para rãs e girinos. As infecções helmínticas foram analisadas em relação: ao gênero sexual, tamanho e massa corporal e entre as duas localidades de coleta. A assembleia de helmintos parasitos de rãs A. catesbeiana foi composta por: Cosmocercidae gen. spp., Oxyascaris sp., Falcaustra sp., Spiroxys sp. (larvas), Acuariidae gen. sp. (larvas), Gyrinicola chabaudi, Spirocamallanus sp. (larva) e Pharyngodonidae gen. spp. (Nematoda); Centrorhynchus sp. (cistacanto) e cistacanto não identificado (Acanthocephala) e Haematoloechus floedae (Digenea). Os girinos estiveram parasitados por Gyrinicola chabaudi, Spiroxys sp. (larvas), e Catadiscus sp. (Digenea). A prevalência de helmintos foi maior nos machos (independentemente da localidade) e maior na localidade da Cascata (independentemente do gênero). A abundância dos helmintos apresentou correlação significativa com os parâmetros corporais dos anuros. A prevalência de Centrorhynchus sp. variou em relação a maturidade dos anuros sendo maior em adultos e sem diferenças entre entre machos e fêmea. O estudo fornece uma checklist, na qual apresenta 97 taxa de hospedeiros vertebrados para 10 taxa de Centrorhynchus registrados no continente sul-americano. A checklist demonstrou que as aves foram os principais hospedeiros definitivos, enquanto serpentes Dipsadidae e, anuros Hylidae e Leptodactylidae constituem os grupos de hospedeiros paratênicos frequentemente registrados em associação com Centrorhynchus spp. sp. Aquarana catesbeiana é registrada pela primeira vez como hospedeiro de Oxyascaris sp. e Catadiscus sp. no continente americano; larvas de Acuariidae gen. spp., Spirocamallanus sp. e Spiroxys sp., Gyrinicola chabaudi, Haematoloechus floedae e Centrorhynchus sp. na América do Sul; e Falcaustra sp. no Brasil. Nesse contexto, o estudo expande o conhecimento sobre a helmintofauna de rãs e girinos de A. catesbeiana em áreas introduzidas. Estudos complementares são necessários para ampliar o conhecimento sobre assembleia de helmintos, bem como sobre a relação parasito-hospedeiro de A. catesbeiana nos ecossistemas onde é invasora. |