Uma análise da concordância da classificação de posição socioeconômica utilizando o consumo domiciliar e o índice de riqueza e sua capacidade explicativa em relação ao déficit de altura em crianças

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ruas, Luís Paulo Vidaletti
Orientador(a): Barros, Aluísio Jardim Dornellas de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10459
Resumo: A influência das condições socioeconômicas na saúde de populações e indivíduos é um tema consolidado no âmbito dos estudos epidemiológicos. A renda, o gasto com consumo, ocupação, classe social e o índice de riqueza (IR) baseado em bens são as principais formas de medir uma posição socioeconômica (PSE). A escolaridade e a ocupação são outros marcadores importantes que têm sido utilizados como proxy de PSE. Existem muitos dados socioeconômicas de populações urbanas em países de alta renda, por outro lado, ainda se tem poucos dados de informação em países de renda baixa e média e, principalmente, de áreas rurais. Para suprir a falta de informação sobre situação de saúde e nutrição nos PRBM, no meio dos anos 1980 (1985) surgiu um programa de inquéritos nacionais de saúde financiados pela USAID (United States Agency for International Development) e coordenado pela Macro International. Esses inquéritos, conhecidos pela sua sigla em inglês DHS (Demographic and Health Surveys), promoveram a coleta padronizada de dados sobre cobertura de intervenções de saúde, uso de serviços, estado nutricional, etc. Essa iniciativa foi seguida pelo Unicef oito anos depois (1993), que criou o programa MICS (Multiple Indicator Cluster Survey). Nos inquéritos DHS ou MICS não se coleta nenhuma informação de renda ou de consumo nos domicílios, em função do grande dispêndio de tempo que seria. A partir deste trabalho de Filmer e Pritchett (2001), a ORC (Opinion Research Conference) Macro passou a calcular índices de riqueza para os inquéritos mais recentes e analisar desigualdades para indicadores de saúde (taxa de fecundidade total, taxa de prevalência de contraceptivos, cuidados pré-natais médicos, 3 ou mais visitas pré-natais e conhecimento sobre transmissão sexual de HIV/AIDS). A utilização do índice de riqueza tem apresentado grande destaque nos estudos epidemiológicos por permitir a identificação das desigualdades existentes entre os estratos mais ricos e os mais pobres. Apesar disso, o IR tem problemas que vem sendo apontados na literatura, como por exemplo: ser muito urbano; não distinguir bem entre os 40% mais pobres. Com isso, nosso principal objetivo é levantar o que tem proposto, alternativas, e comparar tentando identificar qual ou quais as melhores abordagens.