Vieses especiais em dados de ocorrência de peixes de água doce do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Almeida, Thatyane Caetano de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado em Recursos Naturais
Brasil
UEG
Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Recursos Naturais do Cerrado RENAC
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/109
Resumo: O viés espacial, ou seja, a amostragem predominante em algumas regiões em detrimento de outras, afeta a qualidade e representatividade dos dados de biodiversidade. Esses vieses podem ser gerados por diversos fatores, como busca por localidades com maior proximidade de centros urbanos, presença de vias de acesso, falta de recursos financeiros para financiar amostragens mais espacializadas, preferência por amostragens próximas ou em áreas de conservação, atratividade por determinada espécie e/ou local, entre outros. O conhecimento sobre a diversidade de peixes de água doce vem aumentando rapidamente, porém ainda há incompletude das informações de suas ocorrências, sendo que estudos sobre vieses amostrais em ambientes aquáticos são escassos. Sendo assim, avaliamos se as amostragens de peixes de água doce são enviesadas em decorrência de fatores como acessibilidade, infraestrutura de pesquisa e atratividade de áreas protegidas. Para isso, compilamos os registros de ocorrências de 3.358 espécies no Brasil (27.3% da biodiversidade mundial) e modelamos o esforço de amostragem (eventos de coletas) em relação à proximidade com centros de pesquisas, proximidade e densidade de vias de acesso, proximidade à áreas protegidas e a densidade populacional, considerando a extensão do Brasil e de cada região do país separadamente. Constatamos que o esforço de amostragem é enviesado espacialmente, com maior concentração nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Além disso, para o Brasil, os fatores mais importantes para explicar a variação no esforço de amostragem foram, em ordem de importância, a proximidade com centros de pesquisa, densidade populacional, densidade e distância de vias de acesso e proximidade a áreas protegidas. Apesar de algumas variações na importância dos fatores explicando a amostragem entre as regiões, a proximidade dos centros de pesquisa foi importante para todas as regiões. Isso reforça a relevância da interiorização e regionalização da infraestrutura de pesquisa para ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade.