Seletividade de produtos fitossanitários utilizados na cultura do pessegueiro aos predadores Chrysoperla externa (Hagen, 1861) (Neuroptera: Chrysopidae) e Coleomegilla quadrifasciata (Schöenherr, 1808) (Coleoptera: Coccinellidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Armas, Franciele Silva de
Orientador(a): Grützmacher, Anderson Dionei
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3724
Resumo: Na cultura do pessegueiro, o controle químico é a estratégia mais utilizada no manejo dos insetos-praga, entretanto, medidas alternativas de controle, como o controle biológico, fundamentadas no Manejo Integrado de Pragas (MIP), devem ser priorizadas. Nesse sentido, estudos de seletividade a inimigos naturais podem gerar informações importantes para que a associação desses métodos de controle possa ser viabilizada. Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar a seletividade de nove produtos fitossanitarios utilizados em pomares de pêssego sobre os predadores Chrysoperla externa e Coleomegilla quadrifasciata utilizando a metodologia proposta pela “International Organization for Biological and Integrated Control of Noxious Animals and Plants” (IOBC). Nos bioensaios com ovos e pupas foram realizadas aplicações diretas. Os bioensaios com larvas e adultos consistiram na exposição dos insetos a resíduos secos de produtos fitossanitários pulverizados sobre placas de vidro. Nos bioensaios com ovos e pupas foi avaliado a redução de emêrgencia das larvas e redução na emergência dos adultos, respectivamente, e posterior avaliação da fecundidade e fertilidade nos adultos sobreviventes. Nos bioensaios com larvas foram avaliadas a duração dos estágios de des.envolvimento, a mortalidade, e as taxas de fecundidade e fertilidade dos adultos sobreviventes. Nos bioensaios com adultos, foi avaliada a mortalidade acumulada as 24, 72 e 120 horas após a exposição dos insetos aos resíduos dos produtos fitossanitários. A seletividade foi calculada através do efeito total, para todas as fases, onde os produtos fitossanitários foram classificados em inócuos (<30%), levemente nocivos (30-79%), moderadamente nocivos (80- 99%) e nocivos(>99%), conforme recomendação da IOBC. Conclui-se que para C. externa todos os produtos fitossanitários (Dosagem comercial) mostraramse inócuo (classe 1) para ovos, entretanto, sobre a fase de pupa, abamectina (80) e cobre + cálcio (1%), foram levemente nocivos (classe 2). Para a fase de ovo de C. quadrifasciata fenitrotiona (100) apresentou-se moderamente tóxico (classe 3). Abamectina (80), deltametrina (40) e malationa (150) foram levemente nocivo (classe 2), os demais produtos mostraram-se inócuos (classe 1), já para a fase de pupa os produtos abamectina (80), fenitrotiona (100) e malationa (150) foram tóxicos (classe 4), e os demais produtos foram inócuos (classe 1) a C. quadrifasciata. O coccinilideo C. quadrifasciata foi mais sensível que o crisopideo C. externa a todos os produtos fitossanitários testados nas fases de ovo e pupa. Os produtos Azadiractina (1%), clorantraniliprole (14) e cobre + cálcio (25 %+ 10%) foram inócuos (classe 1) á fase larval de C. externa. Já os produtos abamectina (80) e cobre + cálcio (1%) foram levemente nocivos (classe 2) ao predador nesta fase. Deltametrina (40), fenitrotiona (100) malationa (150) e enxofre + cálcio (3,5º Ba) foram nocivos (classe 4) á larvas deste crisopideo. Já para a fase adulta de C. externa Azadiractina (1%), clorantraniliprole (14) e cobre + cálcio (25 %+ 10%) foram inócuos (classe 1), e abamectina (80) foi levemente nocivo (classe 2). Os produtos deltametrina (40), fenitrotiona (100), malationa (150) e cobre + cálcio (1%) e enxofre + cálcio (3,5° Ba) foram nocivos (classe 4) á adultos de C. externa. Para a fase larval de C. quadrifasciata clorantraniliprole (14) foi inócuo (classe 1). O produto enxofre + cálcio (3,5º Ba) foi levemente nocivo (classe 2), já o produto cobre + cálcio (25% + 10%) foi moderamente nocivo (classe 3), os demais produtos foram nocivos (classe 4). Na fase adulta de C. quadrifasciata os produtos Azadiractina (1%) e cobre + cálcio (25%+ 10%) foram inócuos (classe 1). Clorantraniliprole (14), deltametrina (40) e cobre + cálcio (1%) foram levemente nocivos (classe 2). Abamectina (80), fenitrotiona (100) malationa (150) e enxofre + cálcio (3,5º Ba) foram nocivos (classe 4).