A formação de conceitos no ensino de ciências naturais na educação infantil de uma escola do campo.

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: Miranda, Mogar Damasceno
• Orientador(a): Damiani, Magda Floriana
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
• Departamento: Faculdade de Educação
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Escola do campo; Educação infantil; Teoria histórico-cultural da atividade; School field; Early childhood education; Theory activity cultural-history
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
• Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7870

Esta pesquisa do tipo intervenção pedagógica foi voltada ao ensino de ciências naturais na pré-escola de uma escola do campo situada em um município do interior do Rio Grande do Sul e teve por objetivo planejar, implementar e avaliar uma experiência pedagógica inspirada no projeto ABC na Educação Científica – A Mão na Massa e fundamentada pela Teoria Histórico-Cultural da Atividade (THCA). A intervenção teve o intuito de ensinar a classificação dos seres vivos, mais especificamente, de um recorte desse sistema de classificação relativo aos animais vertebrados. A Intervenção foi desenvolvida, durante 14 turnos distribuídos em sete dias, com uma estrutura didática que envolveu seis ações compostas por várias operações cada uma, com o propósito de apresentar a diferenças entre os animais que representam os cinco grupos de vertebrados, e logo os critérios de inclusão dos animais em cada um desses grupos: mamíferos, aves, répteis, peixes e anfíbios. As ações e operações foram adaptadas à faixa etária das crianças enfatizando o caráter lúdico, dado destaque para a contação de histórias, brincadeiras com coleção de “bichinhos”, saídas de campo e pequenos experimentos. Com o propósito de avaliar a intervenção foram coletados dados em duas sessões de exploração que visaram captar os conhecimentos das crianças sobre a classificação dos animais: uma anterior à implementação da intervenção, com a intenção de avaliar os seus conhecimentos prévios, e outra ao final, para verificar as aprendizagens realizadas. As aprendizagens também foram investigadas a partir de dados de observações, realizadas durante todo o processo interventivo, e registradas por meio de filmagens, fotografias e um diário de campo. Os dados foram submetidos a um processo de análise microgenética, que enfocou os episódios interventivos mais significativos. Os resultados da avaliação mostraram que houve avanços no desenvolvimento dos conceitos das crianças, relativos aos conteúdos trabalhado na intervenção, revelando o grande potencial do cotidiano do campo, que pode ser considerado como um laboratório a céu aberto, para o ensino de ciências naturais.