Morfologia do plexo mientérico do ceco de gatos (fellis domesticus), revelado através de NADPH-d: aspectos descritivos e morfométricos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Vives, Patrícia Silva
Orientador(a): Fernandes, Cristina Gevehr
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9153
Resumo: O sistema digestório dos felinos é freqüentemente acometido por desordens que afetam o trânsito intestinal. Estas desordens ainda não foram correlacionadas a distúrbios ou malformações do sistema nervoso entérico e especificamente ao plexo mientérico. O presente estudo tem por objetivo descrever a organização estrutural e arranjo espacial do sistema nervoso entérico do ceco de gatos sob os aspectos quantitativos morfológicos e morfométricos do plexo mientérico através de preparados de membrana corados pelo NADPH-diaforase. Foram estudados os cecos de quatro animais (2-10 semanas de idade), cujos órgãos foram divididos em regiões apical e basal, considerando-se ainda, os bordos mesentérico e antimesentérico. O plexo mientérico apresentou-se estruturado a partir de gânglios conectados por feixes de fibras. Os gânglios apresentaram-se como entidades únicas ou sob a forma de agregados, com variações morfológicas de acordo com a localização. No bordo mesentérico foi verificado a presença de gânglios grandes irregulares e próximos entre si, interligados através de feixes de fibras de primeira, segunda e terceira ordem e por feixes de fibras agregantes. Na região apical o plexo mientérico apresentou distribuição paralela às fibras da camada muscular circular. Na base os feixes de fibras apresentaram orientação perpendicular aos feixes da camada muscular circular. Havia três redes distintas classificadas como plexo primário, secundário e terciário. O plexo primário estruturou-se a partir de gânglios e feixes de tamanhos e espessuras variadas, localizados entre os plexos secundário e terciário. O plexo secundário apresentou gânglios pequenos e distribuição longitudinal. O plexo terciário não apresentou gânglios e os feixes de fibras distribuíram-se paralelos às fibras musculares. Quanto ao aspecto morfométrico, os perfis ganglionares apresentaram intervalos de área entre 1,92mm2 para o menor e 913,65mm2 para o maior, sendo que 90,65% eram pequenos, 7,76% eram médios e apenas 1,59% eram grandes. A área ocupada no bordo mesentérico foi superior com 61,62% dos gânglios. Os feixes de fibras mediram de 2 a 180µm e foram classificados em primeira, segunda e terceira ordem de acordo com a espessura. Os de segunda ordem foram maioria em todas as regiões do ceco. Foram quantificados em média 152,5 feixes de fibras agregantes por ceco, ou seja, 0,54 por gânglio e a maioria estava na região basal (média de 46,62 na base e 29,63 no ápice). Conclui-se que a organização espacial do PM não é homogênea na parede cecal de gatos, que há diferenças regionais na distribuição dos feixes de fibras e gânglios, com maior expressão no bordo mesentérico da base. Os dados acima citados serão descritos sob a forma de dois trabalhos, um abordando os aspectos morfológicos e o outro os aspectos morfométricos do PM do ceco de felinos.