Viabilidade do uso de associação gonadotrópica para indução de ciclicidade em ovelhas fora da estação reprodutiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Dias, Jenniffer Hauschildt
Orientador(a): Corcini, Carine Dahl
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7883
Resumo: A associação de progestágeno e gonadotrofina coriônica equina (P4-eCG) é o protocolo melhor estabelecido na espécie ovina para sincronização de estro. Este protocolo tem as melhores taxas de prenhez obtidas tanto com cruzamento por monta natural como por inseminação artificial, e ainda pelos benefícios agregados ao ciclo reprodutivo, principalmente quando há utilização do eCG. No entanto, o eCG não se encontra disponível isoladamente para venda em todos os países, sendo então necessário a utilização de um produto comercial de associação gonadotrófica (eCG+hCG). Em ovinos, há poucos estudos envolvendo os efeitos da adição de hCG em protocolo de indução à ovulação, principalmente comparando ao uso de eCG isolado. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia de um protocolo P4-eCG+hCG, frente ao protocolo convencional P4-eCG e P4 isolado, para indução de estro e ovulação em cordeiras pré-púberes durante o anestro estacional, com base na hipótese de que o hCG associado ao eCG promoveria melhora nos parâmetros reprodutivos. No primeiro experimento, 18 fêmeas ovinas na contra-estação reprodutiva foram submetidas aos seguintes protocolos: dispositivo intravaginal impregnado com MAP (DIV) por 12 dias (MAP; n=63), DIV por 12 dias associado à 400UI de eCG na retirada do dispositivo (eCG; n=6) ou DIV por 12 dias associado à 400UI eCG e 200UI hCG (eCG+hCG; n=6) na retirada do dispositivo; para avaliação do desenvolvimento folicular, sendo observado um maior crescimento folicular nos grupos tratados com gonadotrofinas em comparação ao MAP (P<0,05). Os níveis de progesterona nove dias após os tratamentos foram superiores no eCG+hCG em comparação aos demais grupos. Posteriormente, 66 cordeiras pré-púberes foram submetidas aos mesmos tratamentos do experimento 1 e exposição à monta natural com carneiros. A taxa de manifestação de estro foi superior em eCG (88,5%; 23/26) e eCG+hCG (85,2%; 23/27), em comparação ao MAP (33,3%; 4/12; P<0,05). A taxa de prenhez foi superior no eCG (34,6%; 9/26) em relação ao MAP (0%; 0/13; P<0,05) e intermediária no grupo eCG+hCG (18,6%; 5/27). Os níveis de progesterona sérica não diferiram entre os grupos eCG e eCG+hCG, sendo observado apenas um efeito do momento. Coletivamente, os resultados sugerem que a associação de eCG+hCG não traz benefícios em relação ao uso de eCG isoladamente.